Não existe pensamento móvel em Angola?!

Se há, está (muito) atrasado.

Amarildo Lucas
Made in Angola

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Bom! Quem acompanha meus artigos sempre notou que sou bastante apologista e tenho muita fé no desenvolvimento “mobile” em Angola. De qualquer forma a mobilidade em Angola cresceu muito e vai crescer cada vez mais como escrevi neste artigo “2014 será um ano mobile para Angola!”.

O grande problema!

O grande problema é que este crescimento é notado apenas por parte de usuários. Cada vez há mais pessoas usando Smartphones, e as redes sociais tal como os jogos são um forte componente neste crescimento em Angola. Mas os serviços utilizados e contéudos que lidamos são na maioria (quase todos) ou numa perspectiva meio que empírica 99,9% do exterior.

Onde pecamos

As empresas não se movem nem acompanham este movimento. Estão estagnadas. Sim, estão estagnadas. Não existe mobilidade nas empresas angolanas, portais, prestadores de serviços, o que seja, simplesmente não existe, e se o há está muito atrasado.

Primeira iniciativa

A primeira iniciativa seria mobilizar as empresas, adaptar seus websites para o mundo mobile. Não sei se é a escassez de serviços ou se as empresas simplesmente ignoram esse ponto. Há ainda uma grande (mas grande mesmo) necessidade em melhorar as redes móveis em Angola. As estratégias móveis das empresas estão muito cruas, isso se existe estratégias móveis.

O grande foco neste artigo não é o crescimento de pessoas a usarem cada vez mais smartphones, isso é só uma parte da pizza. O ponto mesmo é a mobilidade das empresas, e as vantagens que adquirirá com isso.

Há alguns dias respondia numa entrevista de revista a importância dos aplicativos para as empresas nacionais: — O fator importante não é só o crescimento móvel ou ter vários aplicativos feitos por angolanos e a importância destes para os usuários finais, o ponto é que para haver crescimento neste âmbito móvel as empresas têm de mobilizar-se, têm de acordar para este cenário.

Podemos ter um forte crescimento mobile em termos de usuários mas pecaremos por não aproveitar isso da melhor forma. Formas estas seriam como por exemplo utilidades e mais conteúdo para usuários nacionais. Não importa o número de aplicativos se não ajudam nas tarefas que se realiza no quotidiano angolano. Um exemplo é eu deparar-me várias vezes a buscar algum lugar ou prestação de serviços, ou mesmo ler notícias (lojas, restaurantes, portais de notícias, cinema, eventos, academia, etc…) e geralmente estou no telemóvel e não encontro nada ou páginas que não estão adaptadas a esse tipo de acesso.

Meu foco neste artigo é o de despertar as empresas e prestadores de serviços tal como qualquer modelo de negócios angolano a não ignorar a importância ou vantagens das estratégias móveis. Acredito que as empresas angolanas deviam se preocupar cada vez mais em como a informação que querem apresentar é visualizada pelos usuários nos seus telemóveis. Não estou só a falar de grandes empresas mas até as pizzarias do bairro, blogs ou portais de notícias, farmácias, e outros prestadores de serviços.

As empresas angolanas precisam de mobilizar-se e aproveitar este crescimento móvel como forma não só de melhorar seus serviços mas engajar mais usuários. Simplicidade e qualidade!

Meu nome é Amarildo Lucas, desenvolvedor mobile tal como backend! ❤
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Juntos por uma Angola melhor! ☺

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