Cultura e Troca como força motriz para experiências internacionais
(re)posicionando STB, Consultoria de Educação Internacional
Pesquisa/Estratégia/Identidade Visual
O mundo mudou. E mudou porque as pessoas mudaram. Estamos vivendo a sociedade da modernidade líquida (descrita por Baulman no livro homônimo) , onde tudo é fluido e inconstante, onde o consumismo e o capitalismo ditam o que liberdade. Onde a terra não é plana, mas o mundo é horizontal.
Um intercâmbio tem a capacidade de transformar a vida das pessoas para sempre. STB é uma marca que há mais de 40 anos tem como missão propor essa experiência para seus clientes. Nosso desafio? Reposicioná-la visando seu novo momento: se tornar um marketplace de experiências internacionais. A pesquisa foi uma ferramenta poderosa para esse projeto; ela nos possibilitou entender o verdadeiro sentido de um intercâmbio, e como as trocas culturais são construtivas para moldar e transformar diferentes jornadas.
Além disso, ampliamos nossa percepção sobre o mercado e a visão das pessoas com relação a marca. Por meio de um questionário de pesquisa, compreendemos algo muito peculiar com ralação a marca em uso na época: ela comunicava tudo, menos que se tratava de uma empresa de intercâmbio.
A partir dessa primeira percepção, entendendo o mercado e como STB se apresentava nele, compreendemos o que ela deveria representar: Ser o ponto de partida de quem aprende no mundo para se transformar e transformá-lo. A partir daí, conseguimos definir um território para a marca, Experiências Internacionais, universo que se conecta a premissa definida durante nossa pesquisa (cultura é troca).
“O mundo não tem linha de chegada, mas todo mundo tem um ponto de partida” , essa foi a Ideia criativa que nos ajudou a posicionar a marca. Para traduzir esse lema, desenvolvemos junto a identidade visual, uma série de elementos que resgatavam a relação afetiva e memorias que as pessoas constroem ao fazer um intercambio, como é o caso da família de bandeiras desenhadas para a marca. Durante nossa pesquisa, entendemos que precisávamos resolver também um problema de semiótica. A marca é uma sigla, que associada as linhas vazadas da versão anterior ao nosso estudo, a inseria em outro segmento de mercado, o de transportes. Preenchemos os espaços vazios e ajustamos a angulação na marca, o que reforçou sua imponência e força construídas com mais de 40 anos de existência.
Trabalhar com uma marca global, com filiais em países como Austrália e Canada, e que atua com instituições de ensino do mundo inteiro, foi sem dúvida um grande desafio. Contribuir, mesmo que de forma indireta, com as transformações e expansão de repertório que uma experiência internacional propõe, é o que atribui relevância e impacto para o projeto. Ao longo do processo, imergimos nos conceitos ligados a cultura e construção do conhecimento por meio das trocas; entender esses aspectos, foi de extrema valia. Além, é claro, de promover uma atualização de linguagem e cultura interna, o que possibilitou uma marca de 40 anos voltar a estar conectada com o espírito do nosso tempo, e os novos perfis de público.
Grandes desafios, trazem consigo boas recompensas. Em 2020, eu e o Colletivo fomos premiados com a medalha de Bronze, na categoria Branding: posicionamento de grandes marca, no Brasil Design Awards, prêmio concedido pela ABDESIGN aos projetos que se destacaram ao longo do ano de 2019.
Ficha Técnica do Projeto
Autoria: Colletivo Design
Pesquisa e Estratégia: Anna Carla Abreu
Direção de Criação e Design: Marcelo Roncatti
Designer: Kevelyn Oliveira e Pedro Pinoti
Atendimento: Vanessa Queiroz e Eloisa Vieira
Gerente de Projetos: Marianna Tritapepe
Motion: Amália Lage
Finalização: Silas Yamakami
Ano: 2019
