Cinco bandas de Death Metal sueco que talvez você não tenha ouvido

Thiago Silva
AntiCvlt Magazine
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3 min readOct 12, 2015
A bíblia (favor notar o MERCHAN da Ugra Press)

Antes de começar de verdade esta listinha, cabe lembrar de uma frase que ouvi proferida pela primeira vez pelo Kexo, da banda paulistana de metal da morte Infamous Glory:

O heavy metal é uma porta que abre para o nada.

Certo, com isso em mente podemos dar prosseguimento a esta humilde listinha de bandas do Death Metal sueco que acredito não terem ganho a atenção merecida, o que obviamente não seria nada fácil levando em conta que um mesmo país nos deu de presente clássicos atemporais do metal sujismundo do calibre de Entombed, Grave, Dismember, At The Gates e por aí vai. Vamo lá? Sem ordem de preferência, porque nóis acredita na horizontalidade:

Liers in Wait

Quando o Grotesque (também mencionado aqui) foi pro caralho, parte dele virou o At The Gates e o restante formou o Liers In Wait, que não durou lá muito tempo, registrando SOMENTE este EP de 1992. Riffs complexos e uma sonoridade altamente climática que não deve em nada aos clássicos da época. Vai sem medo.

Comecon

Tenho impressão de que o Comecon nunca foi lá muito popular pelo simples fato de que nunca tiveram um baterista de verdade, o que pra muitos pode parecer broxante pacas, deixando passar um baita disco divertido como Megatrends In Brutality, seu disco de estreia e que decididamente merece um pouco da sua atenção. Com Petrov do Entombed, nos vocais, a temática gira mais em torno de questões sociais, deixando de lado aquele lance mais gore etc. O que acho demais nesse disco em específico é como ele tem umas passagens altamente hardcore/crust, que de uma forma ou de outra sempre fizeram parte do Death Metal praticado no país.

Carbonized

O patinho feito do Death Metal sueco sempre foi meio torto, já dando indícios dos rumos progressivos que tomaria nos discos posteriores, mas pra quem curte uma sonoridade mais TRADIÇA, For The Security é uma baita aula de como misturar elementos de death/grind e ainda meter uns tempos doidões sem pesar muito na de ninguém. Apesar de em algumas horas soar meio forçado pra pagar de loucão, a combinação de riffs e voz vale ouro na maior parte do tempo.

Bônus: curtiu o disco? Então pega as demos.

Grotesque

Durante um bom tempo foi uma das minhas favoritas do metal sueco simplesmente pela maldade e cheiro de enxofre que exalava pelos poros em seu EP Incantation de 1990. Apesar de não ter aquele som de guitarra “clássico” do Death Metal da época, ainda assim é um som bastante denso e gravão, mas o que pra mim se destaca MESMO são os vocais do Tompa que soam muito mais animalescos do que em qualquer coisa que o At The Gates fez depois, alternando guturais e rasgados da forma mais infernal possível. Se tu gosta de um pouco de bad vibe no teu Death Metal, essa é a banda.

Luciferion

Mais uma banda sueca que não soa necessariamente como as bandas da época, mesmo sendo de Gotemburgo, epicentro da praga horrorosa que veio a se tornar o Death Metal melódico, puxando bem mais pra escola americana dum Morbid Angel ou Deicide, o que muito provavelmente contribuiu pra continuar esquecida ao longo do tempo. Se te interessa ouvir Death Metal da Flórida feito por suecos, eis a chance.

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Thiago Silva
AntiCvlt Magazine

Escrevo, traduzo, como, cozinho, reclamo, tenho bandas.