ANTIFA: paixão e resistência

Ingrid Campos
ANTIFA: Paixão e Resistência
2 min readDec 8, 2018

“Não é só futebol”. A frase corriqueira na boca de tantos apaixonados pelo esporte mais popular do mundo guarda outros significados. O que mais é o futebol, se não ele mesmo? Dentro e fora dos estádios, as torcidas antifascistas tentam responder à esta pergunta.

Populares na Europa, as torcidas politizadas, também chamadas de antifa, ganham força crescente nos times brasileiros. Atualmente, pelo menos 27 clubes no Brasil contam com grupos organizados que se denominam antifascistas e se pautam na defesa das minorias sociais e na promoção da tolerância. E por que esses coletivos se fazem necessários? A conta é mais simples do que parece.

As arquibancadas são um espelho da sociedade. O machismo, a homofobia e todo tipo de violência presente nas ruas estão também nos estádios, expressos nos gritos, xingamentos e provocações entre torcidas rivais. Os espaços são diferentes, mas não as pessoas que os ocupam. O problema é intrínseco, é social.

No Ceará, três torcidas antifa estão ativas atualmente. Criada em 2005, a Ultras Resistência Coral, do Ferroviário Atlético Clube, é referência nacional, sendo a primeira torcida organizada antifascista do Brasil da qual se tem conhecimento. Além desta, existe a Resistência Tricolor, do Fortaleza Esporte Clube, com um pouco mais de um ano de atuação e, por último, com praticamente o mesmo tempo de vivência, foi a vez do Ceará Sporting Club se unir aos outros dois grandes clubes cearenses, com a Vozão Antifascista. Rivalidade à parte, as torcidas dos três clubes se unem por um desejo comum: inclusão e tolerância no futebol.

Agora, vamos ao substantivo: o que é fascismo?

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