Como cheguei até aqui?

Aos 30 no Tinder
Aos 30 no TINDER
Published in
3 min readApr 12, 2016

A ideia era não começar falando do obvio, mas como evitar um clichê depois de escolher este nome besta?

Quando estava pensando em um nome tudo que consegui imaginar foi: Um virgem de 40 anos. Bem, neste ponto posso até me gabar, virgem não é bem como eu me descreveria. Mas o fato é o seguinte: neste mundo tecnológico, arrumar um encontro/date/peguete/ficante obrigatoriamente tem que passar pelo smartphone. E eis que aqui estou, tentando encontrar alguém que não seja um assassino em potencial.

Devo admitir, que depois de alguns meses (vamos ser sinceros, um ano), encontrar um assassino já não me assunta tanto. É tanta gente estranha, que já estou abrindo minhas opções para novas categorias, acho que até uma árvore tô topando…. talvez não, ia ser estranho. Afinal, sexo seria em público…. ok estou indo longe de mais.

Vamos voltar um pouco mais

Digamos que não sou o tipo de garota que precisa de um namorado. Sou mais do tipo, sexo livre, façam o que der vontade. Mas um dia eu me apaixonei, casei, fui morar junto, tive um relacionamento monogâmico e no meio de tudo isso, descobri que odiava cada instante.

Então depois de alguns anos (sim, demorei anos para descobrir que não era pra mim), eu terminei e eu virei um sofá! Sério! Sabe aquela propaganda que do Nescau que o menino sai do sofá. Era eu. Fiquei bem deprimida, ganhei 20 quilos e um belo dia acordei e pensei: fudeu! Fui malhar, recuperar a alto estima e comprei um sofá novo (precisava!).

Depois de um tempo, resolvi voltar a transar (precisava, esta palavra tá ficando recorrente) e depois de muitos dates, resolvi que talvez estivesse na hora de me envolver. E tive a brilhante ideia de baixar todos os aplicativos de encontro existentes, e literalmente tem sido um desastre desde então.

Sabem aquelas histórias de pessoas que casaram com indivíduos que conheceram nos sites de namoro? Inclusive meu ex (aquele em que eu virei um sofá) começou a namorar uma menina que conheceu no aplicativo. Minha mãe, que há menos de 3 meses usa o aplicativo, está namorando a distância. Meu estagiário, que conheceu uma ruiva e ficou apaixonado. Uma amiga, que namora há dois anos um rapaz que conheceu em um grupo do Faceboook (é, fui longe de mais, de novo). O fato é: eu não sou este tipo de pessoa.

Eu encontro gente estranha, com gostos estranhos, hábitos estranhos e jeitos ainda mais estranhos. É cada história maluca, que resolvi escrever… por que só falando as pessoas não acreditam…

--

--