GALÍCIA: Honra e glória eterna ao camarada Martín Naya!

*O texto a seguir é uma tradução não-oficial da publicação lançada no site do Dazibao Rojo.

Nós, do Dazibao Rojo, nos juntamos à profunda dor que sofrem todos que compartilham a luta com nosso camarada e fundador do Dazibao Rojo, Martín Naya. Prometemos continuar seu grande trabalho de estudo e propaganda, camarada!

Honra e glória eterna ao camarada Martín Naya.

Há homens que lutam um dia e são bons, há homens que lutam um ano e são melhores, há homens que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há quem lute por toda sua vida e estes são imprescindíveis. (Bertold Brecht)

Com profunda dor, temos que dar a má notícia da morte de nosso grande camarada Martín Naya. Em 3 de setembro, após uma intensa luta contra diversas enfermidades, dando seu último exemplo de valentia e determinação, decidiu trilhar o luminoso caminho da imortalidade revolucionária.

O proletariado galego, em particular, e o proletariado internacional em geral, perdeu uma das figuras mais importantes do maoísmo nos últimos 40 anos, um grande conhecedor das obras do presidente Mao e do presidente Gonzalo, assim como de todos os movimentos revolucionários do passado e do presente, a nível internacional. Ele foi um grande maestro das massas e um grande organizador e militante. Foi conhecido como Miguel Alonso para o proletariado internacional, escrevendo diversos artigos sobre o maoísmo, trazendo grandes aportes à luta ideológica e de duas linhas no MCI, sempre contundente e muitas vezes polêmico, mas sempre com respeito a seus camaradas e aberto a corrigir seus erros, como nos ensinou o presidente Mao.

O camarada Martín Naya nasceu em 28 de julho de 1952. Iniciou seu ativismo político muito jovem, participando ativamente no PTG (Partido dos Trabalhadores da Galícia / PTE), organização de pensamento marxista-leninista- Pensamento Mao Zedong, na qual ocupou diversos cargos representativos, assim como na Confederação de Sindicatos Unitários de Trabalhadores (CSUT).

Depois do golpe de Deng Xiaoping, muitas organizações abandonaram o maoísmo e muitas passaram ao revisionismo, como é o caso do PT. Assim, o camarada deixou a organização e continuou a pensar que as ideias do presidente Mao eram corretas, acompanhando a evolução do maoísmo no mundo, em particular o que estava acontecendo no Peru e no MRI. Foi ele o camarada que ergueu alto a bandeira vermelha do maoísmo na Galícia desde esse momento até o final de seus dias. Foi um homem que se manteve firme na defesa do maoísmo com compromisso e sacrifício inquebrantáveis ante muitos contratempos e dificuldades, lutando incansavelmente pelos interesses do povo e pela causa da Revolução Proletária Mundial.

Em 1989, organizou um ciclo de conferências na Galícia sobre a situação no Peru, a carga de membros do Partido Comunista do Peru.

Em 1993, com a prisão do Presidente Gonzalo, organizou a Comissão Galega de Emergências para defender sua vida. Realizando com outros companheiros uma multiplicidade de atividades durante a duração do Comitê, conferências do advogado da Delegação Internacional Miguel Arnau, concentrações em frente ao Consulado do Peru na Corunha, recolha de assinaturas, concertos e até recitais poéticos de poemas de César Vallejo. O camarada sempre foi firme na defesa do Presidente Gonzalo e de seu pensamento como mando e guia da Revolução no Peru, denunciando as mentiras dos genocidas Fujimori-Montesinos e combatendo a LOD com todas as suas forças.

Em 1993, criou o Correio Vermelho como aparato de propaganda do maoísmo internacional.

Em 1996, começou a Guerra Popular no Nepal, e pouco depois ele organizou o Comitê Galego de apoio à Guerra Popular no Nepal, que faria campanha em várias partes da Galiza, até a capitulação e rendição do Partido Comunista Maoísta liderado pelos traidores e renegados Prachanda-Batarai. O camarada assumiu em primeira pessoa o erro de não haver visto antes a traição no Nepal.

Em 2006, fundou o Comitê de Luta Popular Manolo Belo, a primeira organização MLM da Galícia.

Em 2008, cria o Dazibao Rojo, transformando-se em um dos referentes informativos do maoísmo no mundo em castelhano.

Em 2010, organizou com outros companheiros o Comitê Galego de Apoio à Guerra Popular na Índia.

Em 2012, fundou, com os seus colegas do CLPMB, o Comitê de Construção do Partido Comunista Maoista da Galícia. O camarada foi um dos maiores promotores da realização de uma única Conferência Internacional Marxista-Leninista-Maoísta Unificada até seus últimos dias.

Em 2014, fundou o Movimento de Luta Popular com outros camaradas, como uma organização de massas, tornando-se durante vários anos a referência da luta popular na Corunha, destacando o combate aos despejos, à corrupção e à luta dos trabalhadores, bem como a solidariedade com a luta do povo brasileiro contra a Copa do Mundo ou o “tour” do MFPR pela Itália.

Em 2018, organizou o Grupo de Estudos Marxistas do CS A Comuna, de A Corunha.

Sim, camaradas, o maoísmo perdeu um de seus camaradas imprescindíveis, um grande dirigente, mas seu exemplo de estudo, trabalho, compromisso e firmeza ideológica ficarão para sempre na memória dos povos explorados e oprimidos do mundo.

A partir daqui, o Comitê de Construção do Partido Comunista Maoísta da Galícia promete continuar com o seu exemplo maoísta, manter a bandeira do maoísmo erguida, lutar por uma única Conferência Internacional Maoísta Unificada e construir o Partido Comunista Maoísta da Galícia como uma ferramenta fundamental para construir o Exército e a Frente e através da Guerra Popular criar a República Socialista Galega como base de sustentação da Revolução Proletária Mundial.

Honra e glória eterna ao camarada Martín Naya!!!

Camarada Martín Naya, presente na luta!

Viva o marxismo-leninismo-maoísmo!!!

Viva a revolução proletária mundial!!!

Comitê de Construção do Partido Comunista Maoísta da Galícia.

Fonte: https://dazibaorojo08.blogspot.com/2021/09/galiza-honor-y-gloria-eterna-al.html?m=1