Como a democracia renasce.
Falar sobre o seu fim também implica em falar sobre seu recomeço. Como iremos reinventar a democracia?
Nas últimas décadas, diversas previsões e fatos colocam em xeque a “sobrevivência” da democracia. São todas válidas e questionam estruturas definidas há séculos em uma sociedade de vive saltos culturais, de costumes e inovação em velocidade nunca antes registrada.
Porém, se sabemos onde e como a democracia pode acabar, podemos também reconhecer iniciativas onde a democracia pode encontrar forças para ser reinventada.
Não se pode negar o papel da tecnologia neste cenário. Assim como a tecnologia pode ser apontada como o pivô do “triste fim” de regimes democráticos, ela também é a matéria prima de sua “transcendência”- no sentido do termo cunhado no livro Revolução da Esperança, do psicanalista Erich Fromm.
“(…)O ser possui razão e imaginação e essas características tornam impossível um papel puramente passivo no mundo. Ao tomar ele mesmo um papel de criador, ele pode superar sua aleatoriedade e existência de criatura. Quem confronta sua produção com cuidado e amor, pode transcender a si e a seu ambiente. Também na destruição, o self se deixa transcender, porém a destruição sempre é a alternativa menor de criação, para pessoas que não foram capazes de transcender seu self. Apenas a produção criativa pode levar à felicidade, enquanto a destruição tem em si o sofrimento, acima de tudo para o próprio destruidor. (…) Erich Fromm.
A criatividade e a destruição para a democracia.
Tanto a destruição quanto a criatividade podem ser a base para um renascimento do processo democrático. Destruição de formatos pouco participativos, onde a decisão se concentra nas mãos de poucos e sem transparência, podem ser recriados com criatividade em plataformas que usam a tecnologia para buscar consenso e a participação de multidões.
A coleta de informações e dados para uso de uma inteligência coletiva são mais promissores do que restringir a participação da população apenas na hora do voto. Encontrar formas de fazer a euforia eleitoral permear também outras etapas do regime, como discussão e aprovação de leis ou a distribuição de recursos. Posto o desafio.
A democracia está nesse processo de recriação e busca por co criadores. Repensar a democracia não é responsabilidade apenas dos políticos ou partidos, nem mesmo exclusividade dos movimentos de renovação. Esse é um papel de todos.
Vamos construir uma nova democracia?
Como ela ‘morre” nós já sabemos. Mas, como ela revive está em nossas mãos.
Nós da APPCívico ajudamos lideranças a fazerem política com o uso da tecnologia. Se quiser saber mais, entre em contato no email contato@appcivico.com.