Financiamento coletivo de campanhas já é uma realidade nas eleições

Fefa Costa
AppCívico
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2 min readNov 10, 2020

O financiamento coletivo de campanhas eleitorais já ultrapassou a marca de R$ 8.000.000,00 e milhares de doadores que confiam em lideranças ao ponto de doar dinheiro a elas. O destaque deste ano das campanhas de arrecadação de recursos foi a do candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL de São Paulo-SP), que já tem R$ 1.087.130,00 arrecadados e quase 11 mil doadores.

A escolha do prefeiturável para captação foi a Voto Legal, a mesma escolhida por Bruno Covas (PSDB de São Paulo/SPSP), Elói Pietá (PT de Guarulhos/SP) e Loreny (Cidadania Taubaté/SP). A plataforma é responsável até o momento por 25% do total arrecadado por candidaturas em todo País e já processou mais de 23 mil doações. Com suporte direcionado às candidaturas e equipes financeiras, o AppCívico investiu na capacitação dos clientes.

Permitidas desde o dia 15 de maio, as doações de pessoas físicas pela internet se tornaram um trunfo para candidatos com pouco acesso aos fundos eleitoral e partidário, mostrando-se fundamental principalmente aos postulantes de mandatos coletivos e/ou iniciantes. Como o caso da candidata estreante Elaine do Quilombo Periférico (PSOL de São Paulo/SP) que arrecadou R$ 60.000,00 ou da bike repórter e ativista da mobilidade urbana, Renata Falzoni (PV de São Paulo/SP), que juntou mais de R$ 40.000,00.

Candidaturas como da Luana Alves (PSOL de São Paulo-SP), Juliana Cardoso (PT de São Paulo-SP) e Lia Esperança (Rede de São Paulo-SP) ultrapassaram a marca das 300 doações. O financiamento coletivo é uma resposta ao autofinanciamento eleitoral, permitido pela legislação e que já movimentou R$ 300 milhões nesta eleição. Pela legislação, as candidaturas podem captar até o dia 15 de novembro, dia da votação.

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Fefa Costa
AppCívico

Jornalista e observadora da democracia. Especialista em campanha e política digital.