Clint Eastwood

Refletir sobre 2017 é uma tarefa muito difícil. Quebrei muito a cabeça pensando em como ser honesto e tocar em aspectos delicados do que foi o meu ano. Honestamente, decidi ser honesto sem ser tão transparente e já adianto que serei breve, sem descrever muito eventos nem me ater muito à cronologia, e que o texto talvez fique um pouco críptico em alguns pontos.

Parece clichê, mas foi o ano em que aprendi mais sobre mim mesmo.

Aprendi que tem nome o que às vezes acontece na minha cabeça, o que me impactou bastante, mas que também tem remédio e que, com disciplina e paciência, dá pra navegar esse oceano de neurotransmissores e chegar a algum lugar, o que me enche de esperança e de um novo senso de dever.

Percebi que tenho que parar de errar e ficar remoendo os erros até a cabeça doer; o contrário faz muito mais sentido: devo me perdoar pelo que já passou, aprender a lição e seguir em frente. E isso me leva a uma reflexão importante sobre esse ano: não extraí das oportunidades que tive tudo que podia, mas ao menos me equipei para não repetir o erro desta vez.

Descobri que preciso construir novas habilidades MESMO; sempre sobrevivi confiando na minha capacidade de me comunicar e isso não me basta mais; além de aprender coisas completamente novas, preciso aprimorá-la, e muito! Percebi que ela falha em situações importantes, o que me preocupa, mas também me ajuda a criar um plano de combate.

Encontrei nas pessoas que conheci nesse ano compaixão e companheirismo que não esperava e não me achava merecedor. Hoje, penso que talvez o seja. O negócio é aceitar os presentes que a vida dá sem penar muito a respeito.

Não mencionei a Apple Developer Academy até agora, mas quase tudo que escrevi está intimamente ligado a ela. Foi a coisa mais importante que me aconteceu em 2017 (que, por sua vez, foi provavelmente o ano mais importante da minha vida), já que me permitiu conhecer a maioria dessas pessoas fantásticas que me foram tão nobres e me colocou diante de um ambiente e de oportunidades que eu apenas sonhava. Só me resta, agora, tentar me sentir mais digno de tudo isso e, aos poucos, retribuir um pouco do tanto que recebi.

Para 2018? Bem, por ora, diria que basta melhorar um pouco a cada dia. O negócio é parar de me sentir inútil e me preparar pra receber todas as surpresas que o futuro me reserva.

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