#Comofaz?
Às vezes você consegue o acerto crítico de usar o papel higiênico e, na hora que o instinto antropológico manda dar aquela conferida, o danado ta limpinho. Você comemora como o Rocky Balboa no topo da escadaria, dando duas piruetas de orgulhar qualquer Daiane dos Santos e sai feliz como se nada mais bastasse na vida, mission accomplished.
De vez em quando, essa rolagem de sucesso nos dados também acontece no início de um projeto, no meio daquela tensão quase intestinal de saber se o grupo vai funcionar tão bem como a primeira formação dos Power Rangers.
Nesse momento, remetendo àquela época em que a tia da escolinha separava os grupos pra fazer a apresentação da feira de ciências (e vc compra aquele pintinho que vai te traumatizar pelo resto da vida), você começa a torcer, acreditando que aquela é a decisão que vai definir o resultado final do processo, que, ainda nem começou!
Você se firma na ideia de que tudo vai funcionar dependendo daquela escolha e que, se não, vai ser culpa simplesmente de uma ordem caótica, do rolar dos dados e nunca do modo como a entropia social nérdica malebólgica é trabalhada a partir dali.
A identidade de um grupo se forma não no momento que este é criado e sim conforme a interação entre os seus integrantes é promovida. Esse processo em si ja é uma primeira tarefa e define todo o meio pelo qual a dinâmica do projeto se dará.
Quando um grupo é formado, a primeira coisa a se pensar é em como se estabelecer o diálogo, como fazer as ideias fluírem, como provocar a manifestação criativa de cada um, literalmente, e no melhor sentido da palavra, como PROVOCAR cada um.
Acho que meu papel nesse último challenge foi em grande parte isso, ajudar a alinhar os diferentes diálogos .
Conseguimos delimitar um bom caminho, demos a sorte (talvez) de termos chegado à soluções visualmente parecidas e isso permitiu um rápido start.
Neste "catapultamento" tão rápido, podemos acabar focando demais nessa maravilhosa carreirinha de pó branco da produção, perdendo a ótica para as possibilidades que surgem à cada curva do desenvolvimento, um olhar reto de cachorro louco com toques de Aécio Neves ate a linha de chegada. É provavel que nos proximos challenges eu aprecie de um belo suco de maracujá e calmamente tente identificar esses momentos serendipiosos (pra não contrariar os aficcionados por Buzzwords).
