o sonho acabou
Eu gosto de pensar que eu estou saindo melhor que entrei. A justificativa óbvia seria, possivelmente, destrinchar categórica e extensivamente o que vivi nestes dois anos. Não o farei, visto que isso pode ser encontrado em outros momentos dessa passagem como estudante pela Academy por aqui.
Meu pensamento ao entrar na Academy era voltado, principalmente, a me tornar programador de vez. Eu tenho meu histórico na programação proveniente dos meus quase 3 anos de Ciência da Computação, 1 semestre de Análise de Sistemas e participação no Students-to-Business (a.k.a S2B), promovido pelo Microsoft Innovation Center. Eu já ~sabia~ Design, então eu queria reforçar meu outro foco que não era tão fácil complementar por si só.
Mantive esse foco por um bom tempo, com altos e baixos, como tudo na vida, certo? O que consegui me provar com essa mentalidade: Atingir um nível de maturidade interessante de desenvolvimento/programação estava além do esforço imaginado inicialmente. Bem como nivelar com pessoas que cursaram fielmente suas formações voltadas a este campo era uma missão que exigia outro esforço hercúleo. Decidi que, diante desses fatos, a melhor saída era aprender o máximo que pudesse para poder levantar apps simples sozinho, poder prototipar funcionalidades simples diretamente no Xcode e, futuramente — se acaso ocorresse — tentar me desenvolver mais através de cursos mais específicos.
Quase que em paralelo a esta decisão, me percebi relativamente maduro em conceitos de desenvolvimento de produtos por puras questões empíricas de experiências profissionais passadas, mas fraco de conceito de Design e de negócios de verdade. Era hora de atacar o que eu tinha potencial e desenvolver de verdade esse lado para que eu pudesse desenvolver melhor meus challenges aqui e ter algo a mostrar para o mercado de trabalho, afinal — até onde sei — não estou com a vida ganha. Oportunidades profissionais extra-Academy me expuseram novamente ao Design e, aqui estava eu novamente, fazendo o bom e velho Design. E foi igualmente bom, tal qual o filho pródigo, retornar e olhar com uma visão refrescada os conceitos que antes aplicava constantemente. Enfim, focar em programação me fez um designer melhor.
Hoje, provando enfaticamente que a vida é uma caixinha de surpresas, estou aqui novamente mediando meu lado designer e programador, só que após dois anos, tenho mais matéria sobre a qual me apoiar. Acho que tentando eliminar essa desavença interna e externa, acabei fortalecendo-a e solidificando como algo que há de perdurar por toda minha vida, afinal, a curiosidade tem seu preço.