Pouco tempo, muita memoria

Erick Martins
Apple Developer Academy PUCPR
3 min readNov 30, 2021

O projeto já iniciou de um jeito diferente, tínhamos um tema, e ele era "Através da Câmera". Devo confessar que não sou o mais adepto ou interessado em realidade aumentada, ou qualquer interação que coloque objetos virtuais em ambientes físicos. Após essa pequena desconfiança acerca do tema comecei o challenge com minha equipe.

Se a gente tivesse corrido, talvez não chegássemos tão longe. — Djeni

Após diversas ideias serem colocadas no FigJam chegamos em dois assuntos em que a equipe tendia a trabalhar: Finanças & Notas Fiscais e Educação & Mentoria. Ambas as ideias pareciam interessantes, mas eram um lugar comum, a equipe com calma e em uníssono decidiu que era hora de seguir um caminho diferente do qual estávamos acostumados.

Museu & Memória foi escolhida como nossa Big Idea

Como manter vivo os nossos sonhos? — Djeni

A Big Idea nunca foi tão grande, tanto o assunto museu quanto o assunto memória poderiam levar para diversos caminhos diferentes. Existem museus históricos, museus de arte, museus excêntricos e existem memórias coletivas, memórias pessoais e memórias excêntricas. Como relacionar esses dois assuntos tão parecidos mas tão diferentes?

Bom, um museu têm o propósito de expor algo, e nós queremos expor memórias. Acreditamos que a melhor memória é a que é lembrada e revisitada e a partir disso decidimos que a nossa Essential Question seria "Como ressignificar memórias para o futuro?".

O Challenge não foi difícil de escolher pois é claro que não existe futuro sem o passado e o presente, logo o nosso desafio foi o de: "Conectar memórias do passado com novos significados no presente".

Se a gente perde nossas memórias, deixamos de ser quem somos? — Binder

O Investigate fez brevemente de nós experts em memória, conectando todos os possíveis significados e possibilidades em uma síntese que mais parecia uma investigação policial. E assim como em uma investigação, percebemos que as nossas memórias estavam em risco. As digitais sendo difíceis de achar, perdidas em rolos de câmera dos nossos celulares, escondidas na nuvem com milhões de outros arquivos e as físicas esquecidas, juntando poeira e passando despercebidas pelo mar de informações que existem em outros meios. Como resolveríamos esse problema?

O pontapé inicial para a solução foi o Atlas Mnemosyne, que em resumo tem a ver com conectar imagens ao redor de um tema central e dar novos significados para elas. Eu me apaixonei pela ideia do Atlas e acredito que o resto do grupo também e as conexões começaram a pipocar em nossa cabeça.

E se esse tema central desse "Atlas" for uma memória física?

Uma bela foto instantânea da Ana Bebê

E se pudéssemos criar um código único e acessível para essa memória, que exista físicamente e que seja lido através da câmera?

O memoria code, bem mais bonito que seu primo QR

E se esse código pudesse levar a diversas memórias relacionadas em um meio digital?

As memórias digitais que mesmo espalhadas, estão unidas

Depois de quebrar a cabeça de como implementar essa ideia do jeitinho que imaginamos, nasceu memoria, um aplicativo que tangibiliza as memórias digitais em um receptáculo físico.

Você pode testá-lo agora mesmo através do nosso TestFlight!

Até mais e obrigado pela memoria!

Um grande agradecimento à Ana, Djeni, Kuma e Fê que sempre toparam todas as loucuras e criaram novas comigo.

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