Retrospectiva 2017 — Apple Developer Academy
Então é Natal, e o que eu fiz? (acredito que esse foi o começo de muitas reflexões, desculpa o clichê).
Bem, entrar no Academy (ex-eterno Bepid) já é um desejo de alguns anos. Assim que descobri sobre o curso, tentei a seleção do ano de 2015 e falhei miseravelmente. A prova dizia "lógica básica de programação" mas talvez a palavra básica tenha uma grande gama de níveis de básico, e o dessa prova, com certeza não se equiparava com o meu. Enfim, vida que segue, fiquei de esperar a próxima seleção, por mais que acreditasse que não conseguiria alcançar o nível de programação necessário. Mas ~rufem os tambores~ os designers começam a participar da seleção então a chama da possibilidade se acende novamente.
Essa chama levemente se apagou depois de três etapas de seleção, até que em uma fatídica sexta feira, 5 minutos depois de ser demitida pela primeira vez na vida, recebo a notícia que passei no Bepid.
Aí foi só alegria. O primeiro dia foi o momento que fiquei mais perto de chorar, pessoas falando em inglês, ao ver aquele monte de TV de 99", nunca tinha visto tanta TV junto na minha vida se não nas Casas Bahia; as paredes de vidro, o microondas, os armários, puta que pariu os armários, sempre quis usar armários; entre outras coisas que me fizeram cair o queixo e esquecer que eu estava dentro da PUC (um adendo para as mesas que sobem também, meu deus as mesas). Os primeiros meses foram ótimos, gostei tanto a ponto de não ligar mais para a faculdade, que começou a parecer chata considerando a comparação injusta. Foram algumas aulas assistidas com pouco entusiamo, uns trabalhos feitos com pouco empenho ou deixados de lado, e alguns 7 nas tarefas do Fred. Apesar disso, o orgulho de fazer pela primeira vez algo funcional, após 3 anos de wireframes e protótipos acadêmicos, foi o ponto alto desse ano na Academy.
Acredito que essa sensação ainda continuou em mim, mas acabou sendo sobreposta pela tensão e drama que começou a pairar pela Academy. Sou uma pessoa bem anti-drama, então ter que lidar com isso não é a tarefa mais fácil para mim e acaba me tirando do foco das coisas que realmente importa. Ficar ansiosa pela equipe em que eu entraria, ou melhor, com medo sobre a equipe que eu entraria, em meio a vários boatos sobre coisas e pessoas, acabou tirando um pouco da magia que a liberdade e emancipação que fizeram eu me apaixonar por esse lugar.
Mas creio que o ano que vem as animosidades vão abrandar, e o trabalho fluir bem melhor. Estou bem ansiosa pelo main challenge e a possibilidade de fazer um projeto bem completo do início ao fim, e também por finalmente ter tempo suficiente para aprender coisas novas, já que até agora só pude refinar as habilidades que já tinha e não me empenhar em algo novo.
