Você quer Main Challenge? Então vai estudar!

Pedro Francescon Cittolin
Apple Developer Academy PUCPR
4 min readApr 17, 2018

The 6 weeks of Nano Challenge and mega struggle

Quanto estava no gás pra terminar o app e chegava a próxima semana.

2018 começou e logo nos primeiros dias do ano já dava pra ouvir aquela voz no fundo das nossas cabeças dizendo “Main Challenge… Main Challenge…”. Mesmo tendo aprendido muito em 2017, ainda dava aquela sensação de que eu não estava pronto o suficiente para o main challenge — até porque os exemplos que a gente (felizmente) tem de main challenge são do tipo James Delivery e Super Pads.

10⁻⁹ Challenges

Foi ai que entraram os Nano Challenges (que de nano só foi o tempo de execução mesmo). Eles vieram com a proposta de nos fazer aprender o máximo possível de uma forma rápida e condensada, a partir da concepção e desenvolvimento de apenas um app por semana, durante 6 semanas. Sozinho.

Eu realmente gostei e acabei me comprometendo bastante com a proposta. Ok, la pelo 3°/4° aplicativo minha mente já estava começando a saturar desse ritmo e de ter que idealizar um novo aplicativo toda a semana, justificando o conceito a partir de um tema extremamente subjetivo e ainda ter apenas 7 dias pra desenvolver ele inteirinho. Mesmo assim o resultado final de todo o processo acabou sendo um dos melhores até agora. Não só dei um bom upgrade em algumas das minhas habilidades como sai com meia dúzia de protótipos de aplicativos com potencial de quem sabe um dia serem publicados.

Coding x 10⁹

O desafio de ter que utilizar diferentes elementos do sistema iOS estabelecidos previamente toda a semana (além de me fazer arrancar os cabelos algumas vezes) aumentou o meu repertório de conhecimento técnico específico e me fez aprender a utilizar importantes elementos do sistema que eu provavelmente demoraria pra ir atrás de aprender sozinho. Também tive um certo cuidado com design patters e, em conjunto com o grupo de estudos que estava acontecendo toda a semana, absorvi algumas boas praticas de programação que já me foram úteis durante os próprios Nano Challenges.

More than gigas of code. No joke.

Entretanto, o que mais me deixou feliz foi poder ter trabalhado habilidades além daquelas voltadas exclusivamente a codificação. A primeira delas foi a de desenvolver um pouco melhor o meu tato em relação à escopos. Desde pensar e adequar um aplicativo ou uma ideia para que ele faça sentido dentro de um escopo até as minhas próprias capacidades e limites e o que eu consigo ou não fazer dentro de um certo tempo e contexto. Também aprendi bastante sobre as minhas afinidades de forma geral, sobre quais são os assuntos e tipos de projeto que eu consigo me sair melhor e quais eu agora sei que vou ter um pouco mais de dificuldade.

Em relação à design, por mais que eu quisesse ter dado um pouco mais de atenção e aprendido mais sobre durante os Nano Challenges, em um app ou outro eu até que que consegui trabalhar um pouco na escolha de cores que o aplicativo ia ter e em uma melhor disposição visual dos elementos, além de ter aprendido a reproduzir algumas animações e efeitos visuais que eu achava interessante.

The mother of them all.

Eu também consegui exercitar bastante o meu lado criativo - ainda em construção - e descobri algumas paixões em relação à o que exatamente eu gosto de produzir e desenvolver e qual o efeito que eu quero causar com aquilo que eu faço nas outras pessoas e até em mim mesmo.

Acho que uma das maiores lições tiradas desse processo todo foi sentir na pele a importância que cada área tem para o resultado final e o quão difícil é ter que dar conta de todas essas esferas sozinho. Por outro lado, fiquei surpreso, não só em relação a mim mesmo, mas com a qualidade e completude de vários aplicativos que saíram da galera de forma geral. Isso me fez perceber, em contraposto com o que eu sentia no começo do ano, o quão na verdade estamos todos muito bem preparados e munidos para encarar o Main Challenge e dar conta do que vier pela frente.

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