Design como um elemento transformador da sua interface
Aprendendo um pouco sobre princípios e elementos do design
Quem nunca ficou meio perdido ao começar um protótipo de uma interface e estagnou sem saber como deixar o design mais atrativo, com uma estética agradável e transmitindo uma boa experiência do usuário?
Quando falamos de design, entramos em um mundo cheio de cores, formas e ideias que se misturam para criar algo incrível. Vamos dar uma espiada nos elementos e princípios que tornam tudo isso possível e entender como podemos usá-los ao nosso favor.
Elementos do Design
Primeiro, temos os elementos do design, que são como os ingredientes de uma receita deliciosa. Temos a forma, que pode ser desde um círculo redondinho até um quadrado ou triângulo super afiado. Depois, vem a cor, que dá vida e emoção a tudo. Imagine um mundo sem cor… sem graça, né? A textura entra para dar aquela sensação tátil, seja suave como seda ou áspera como um tijolo.
Não podemos esquecer do espaço, que é como o palco onde todos esses elementos atuam. Temos o espaço positivo, que é ocupado pelos elementos, e o espaço negativo, que é o “respiro” entre eles. Ele traz dinamismo e ritmo para o design, como uma dança visual que guia nossos olhos.
Com isso, se pararmos um pouco para analisar, design se encontra em tudo no nosso dia a dia, principalmente no meio digital onde estamos constantemente inseridos.
Todos os produtos digitais (onde irei dar foco nesse artigo) podem ser quebrados em pequenos pedaçinhos que seriam esses elementos do design que acabei de citar. Vamos nos aprofundar um pouco mais?
1. Linha
As linhas são fundamentais no design e podem transmitir diferentes sensações e mensagens, pois a partir delas construirmos diversas formas.
Uma linha reta transmite ordem e estabilidade, enquanto linhas curvas podem dar uma sensação de movimento e fluidez. Linhas diagonais são dinâmicas e podem criar tensão visual, enquanto linhas horizontais transmitem calma e estabilidade.
2. Forma
As formas são as silhuetas dos objetos e elementos no design e são criadas a partir das linhas. Elas podem ser geométricas, como círculos, quadrados e triângulos, ou orgânicas, como formas encontradas na natureza. As formas podem ser simples ou complexas e são usadas para criar composições visualmente interessantes.
3. Volume
No design gráfico e visual, o volume refere-se à ilusão de tridimensionalidade em objetos bidimensionais. Isso é alcançado através do uso de sombras, luzes e técnicas de perspectiva. O volume ajuda a criar objetos que parecem ter peso e ocupar espaço no ambiente visual.
4. Cor
A cor é um dos elementos mais poderosos do design. Ela pode evocar emoções, transmitir mensagens e criar atmosferas. A teoria das cores explora como as cores se relacionam umas com as outras e como são percebidas pelo espectador. Cores quentes (como vermelho, laranja e amarelo) transmitem energia, enquanto cores frias (como azul, verde e roxo) transmitem calma e serenidade.
A teoria das cores também foca na mistura de diferentes cores e nas suas combinações. Algumas cores se misturam de forma subtrativa e outras de forma aditiva.
O termo RGB corresponde às iniciais das cores “Red” (vermelho), “Green” (verde) e “Blue” (azul), que são chamadas aditivas, pois quando somadas, podem formar diversas outras cores.
Já o termo CMYK corresponde às iniciais das cores “Cian” (ciano), “Magenta”, “Yellow” (amarelo) e “K” (vem de “Key”, e refere-se ao preto). É um sistema de cores subtrativas, não aditivas. Isto é, misturar cores no modo CMYK tem o efeito oposto do resultado RGB, quanto mais cor adicionada, mais escuros os resultados. Portanto, as cores são removidas ou subtraídas para criar um resultado claro.
5. Tom/Valor
O tom ou valor se refere à luminosidade ou escuridão de uma cor. Na escala de tons de cinza, temos desde o branco até o preto, passando por uma variedade de tons intermediários. O uso correto de tonalidades pode criar profundidade, sombras e destaques em um design.
6. Espaço Negativo
Também conhecido como espaço vazio, é o espaço em torno e entre os elementos do design. O espaço negativo é importante para dar equilíbrio e destaque aos elementos principais. Ele ajuda na organização visual e na criação de hierarquia dentro do design.
7. Textura
A textura se refere à aparência ou sensação tátil de uma superfície. No design, texturas podem ser reais (como a textura de uma madeira) ou simuladas (como texturas em um design gráfico). Elas adicionam interesse visual, profundidade e realismo ao design.
Essa sensação de profundidade causadas pela textura em superfícies bidimensionais pode ser alcançada através da criação de um padrão repetitivo de formas, cores, linhas ou imagens.
Princípios de Design
Agora, vamos aos princípios do design, que são as regrinhas que ajudam a organizar e dar harmonia a toda essa bagunça criativa.
Temos o contraste, que faz os elementos se destacarem e cria um impacto visual. Imagine um fundo preto com letras brancas bem grandes… chama atenção na hora!
Temos também a hierarquia, que organiza a informação de forma que o mais importante se destaque. É como contar uma história visual, onde cada elemento tem seu papel para guiar o espectador.
Além deles, também podemos citar a escala e o equilíbrio que vou abortar mais detalhadamente agora. Vamos entender melhor de cada um desses princípios?
1. Contraste
O contraste envolve a diferença perceptível entre elementos no design, como cores, formas, tamanhos ou texturas. Um bom contraste ajuda a destacar elementos importantes, criar foco visual e adicionar interesse à composição. Por exemplo, usar cores complementares (como roxo e amarelo) cria um contraste vibrante que chama a atenção.
O vermelho, por exemplo, é muito usado para indicar exclusão em muitos lugares, inclusive no UI do IOS.
2. Hierarquia
A hierarquia visual é a organização dos elementos de acordo com sua importância percebida. Isso guia o olhar do espectador e ajuda a transmitir a mensagem de forma clara e eficaz. Elementos mais importantes devem ser destacados através de tamanho, cor, contraste ou posição para que se destaquem na composição.
3. Escala
A escala refere-se ao tamanho relativo dos elementos dentro de uma composição ou projeto de design. Ela desempenha um papel crucial na criação de hierarquia visual, ênfase e impacto. Ao variar o tamanho dos elementos, o designer pode direcionar a atenção do espectador e criar uma sensação de profundidade e dinamismo na composição.
A escolha cuidadosa da escala dos elementos em um design é essencial para garantir que a mensagem seja comunicada de forma clara e que a composição seja visualmente atraente e equilibrada. Ao combinar a escala com outros princípios do design, como contraste, hierarquia e ênfase, os designers podem criar composições poderosas e impactantes.
4. Equilíbrio
O equilíbrio refere-se à distribuição visualmente equitativa dos elementos no design. Existem dois tipos principais de equilíbrio: simétrico (onde os elementos são distribuídos igualmente em ambos os lados de um eixo central) e assimétrico (onde o equilíbrio é alcançado através da distribuição de elementos de diferentes pesos visuais de forma equilibrada).
Dentro da simetria, existe a simetria reflexiva, rotacional e a de translação.
Na reflexiva, a forma pode ser dividida em duas partes iguais, na rotacional, a figura é rotacionada em relação a um dos seus pontos, e na de translação, uma figura é movida sem rotacionar em qualquer direção.
Temos o equilíbrio assimétrico, citado anteriormente, na qual os elementos são distribuídos assimetricamente em relação ao eixo central, e o radial, na qual os elementos irradiam a partir de um ponto central comum em direção circular.
Depois de aprender um pouco melhor sobre os elementos e os princípios de design e ver alguns exemplos, espero que vocês tenham conseguido entender o que está por trás de grandes designs famosos de marcas e produtos que vemos por ai e são tão únicos.
Quem sabe, usando todas essas técnicas, você não é o próximo a criar um design incrível e usá-lo como um elemento transformador e diferenciador de sua interface?
Beijos e até a próxima! ☻
