Queria poder silenciar a voz que ecoa
Uma criança se feriu e nunca descobriu a razão profunda de seus porquês
Ela gritou, esperneou, se rebelou
Teve direcionada a atenção, mas não percebeu o amor
Não encontrou compreensão
Ela cegou na sua dor
Tão profunda que tirou sua visão
Mas tal cegueira nunca foi capaz de parar suas perguntas
Ela procurava pelo amor
O amor que a completasse
Envolveu-se em muitas aventuras
Histórias arriscadas
Perigos de mente, corpo e espírito
Seu único intento era o de ser amada
Seu maior medo ser rejeitada
Mas nada foi capaz de deixá-la paralisada
Toda busca pelo saber tinha a mesma força motriz
Ela tudo fez para unificar o que a poderia fazer feliz
Caminhos tortuosos, cheios de espinhos e buracos
Ela desceu poços profundos
Escalou montanhas egoicas
Escorregou no vales das sombras
E ainda não revelou sua chegada
Porque segue no caminho de encontrar a si mesma
Na verdade divina que o universo lhe revela
Segue pistas, atalhos e trilhas
Tropeça nas pedras, por vezes, as carrega
Cai, levanta, mas não descansa enquanto não se liberta
De tudo que não lhe pertence e nem a direciona para paz dentro de si
O eco a convida, intimida, sugere
Ela segue convicta de que não há volta
Só há o caminhar no amor
Para o reencontro do SER
Aquietalma