AD ASTRA

Stefane Marques
Araetá
Published in
4 min readNov 5, 2019

Rumo às Estrelas

Stefane Marques Silva

Cartaz do filme em modo original

Data de Lançamento:

26 de Setembro de 2019 (Brasil)

Duração: 02h04 min

Direção: James Gray

Gêneros: Ficção Científica, Drama

Elenco: Brad Pitt, Tommy Lee Jones, Ruth Nega, Donald Sutherland, Jamie Kennedy

Roteiro: James Gray

Trilha Sonora: Max Richter

Nacionalidade: EUA

Exibido até a data atual em cinemas

Valor de ingresso aproximado 25 reais

Sinopse

O personagem principal Roy MacBride (Brad Pitt) é um engenheiro espacial que decide fazer uma jornada em direção ao espaço, cruzando a galáxia em busca de seu pai desaparecido há mais de 20 anos no caminho de Netuno.

Repostagem do meu Story pelo Instagram da aluna Carolina Senatore

Ficção científica é um gênero cinematográfico relativo comumente a especulações: um possível futuro através da ciência e da tecnologia e seus respectivos impactos e/ou consequências no desembaraço de sua sociedade. Porém se essa fosse a proposta, o que esperaria de uma narração dramatizada em apenas um de nós, um só indivíduo? Usando diversas metáforas para uma análise crítica dos papéis dos seres dentro do mundo humano, te colocar a refletir sobre a vida e qual seu devido propósito é a proposta original do filme.

O plano de fundo do longa não é uma guerra das estrelas assim como Star Wars com efeitos especiais e o vilão Skywalker no espaço. É muito mais intenso e representativo no relacionamento entre pai e filho. Esperem mais por um drama agudo do que por uma aventura no cosmo.

O artista principal é retratado como um personagem frio e dedicado ao mundo do trabalho. Com uma careza de relações carnais ou sentimentais a solidão predomina. As cenas denotam representações de mais afeto ou de mais frieza com tons provindos do vermelho ou azul. Ademais o longa enquadra muito bem as feições e movimentações corpóreas de Brad, dando um contexto hunanizado a um astronauta, muitas vezes interpretado como um ser “de outro plano, incomum”. Também não deixa de apresentar as cenas de aventura, suspense e ações bem planificadas.

O filme é gradativo e profundo e não dá uma ideia de urgência de acontecimentos de adrenalina em outros planetas. Na verdade, possui um enredo que arrepia pelo lado emocional de pena, ao mostrar um pai que abandonou seu filho e de momentos angustiantes e vazios no qual sobrevive. Ou seja, não espere seu corpo se energizar diante da tela pelo modo aventureiro.

Por ser uma ficção, obviamente há alguns erros que se contrapõem da realidade, mas com uma lógica sempre ao alcance de uma boa trama. Com a arte de sensibilizar os sentidos e emancipar o olhar.

Na disposição do filme, Roy além de narrador da história, atua como personagem principal. Ele nos leva aos seus estados psíquicos e físicos em uma adaptação controlada de suas emoções devido a seu trabalho intermitente, reconhecido por volta da galáxia, para salvar a nossa vida e manter-nos seguros no planeta Terra. Em uma busca de si em um modo de transcendência nos leva a imaginar como seríamos inclusos em um universo hipotético e com mais possibilidades. Como se fosse um reflexo do mundo que habitamos em segredo no íntimo de um universo infinito muito misterioso.

MacBride procurou ser um ser independente, porém ao longo do filme foi demonstrado que essa busca só pelo lado racional da vida, mediado pelo foco e dedicação do trabalho duro e da sua responsabilidade acima de tudo, é fugir do que precisamos: um equilíbrio do mundo sentimental e racional. E o resultado desse roteiro é uma história inventiva e profundamente pessoal: o ápice é o que a natureza humana tem como desejo insaciável de encontrar mais, explicações e sentidos para além do que já vivemos atualmente.

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