DARK
por Stephanie Borges
Dark é uma série alemã de terror, drama e suspense criada por Baran bo Odar e Jantje Friese, produzida pela plataforma de streaming Netflix. Teve um orçamento de US$1,5 bilhão, obtido à partir de acordos entre a plataforma e países europeus. Seu primeiro episódio foi lançado no dia 1 de dezembro de 2017. A primeira temporada possui 10 episódios, todos de 45 a 57 minutos de duração e está disponível integralmente na Netflix.
Os mistérios começam logo no primeiro episódio, no ano de 2019 na cidade interiorana de Winden, na Alemanha. A primeira cena mostra um homem cometendo suicídio (depois é revelado que esse homem era pai de Jonas, um dos principais personagens que tenta desvendar os enigmas que surgem ao longo da série) e toda a cidade está mobilizada após o desaparecimento de um jovem. Jonas (Louis Hofmann), Bartosz (Paul Lux), Martha (Lisa Vicari), Magnus (Moritz Jahn), Franziska (Gina Alice Stiebitz) e Mikkel (Daan Lennard Liebrenz) vão para a floresta da cidade de Winden para tentarem achar um pacote de maconha que pertencia ao jovem desaparecido que estudava na mesma escola que eles, porém, ao ouvirem um estrondoso barulho vindo de uma caverna, tentam sair imediatamente da floresta e ao chegarem na estrada principal, percebem que Mikkel havia sumido.
Seu pai e chefe da polícia local, Ulrich Nielsen (Oliver Masucci), que havia vivenciado o desaparecimento de seu irmão Madds, 33 anos atrás, começa a procurar incessantemente por seu filho, porém, não obtém muitas pistas sobre seu paradeiro. A série então nos mostra Mikkel no ano de 1986 na mesma cidade, tendo regredido 33 anos (tempo recorrente na série), revela-se então, que ele chegou lá através de um buraco de minhoca (termo usado pela física para designar viagens no espaço-tempo) localizado dentro da caverna mostrada no primeiro episódio. A partir daí os mistérios e as perguntas só aumentam e as revelações nos deixam totalmente espantados e surpresos.
Considerada uma das séries mais complicadas já produzidas pela Netflix, Dark não possui linearidade temporal, já que retrata os anos de 1953, 1986 e 2019 interligados à partir da vida de cada personagem, além de possuir diversos conflitos em paralelo ao conflito principal, fazendo com que a trama fique ainda mais desafiadora e complexa. Pelo final da temporada vemos que há um afunilamento no conflito principal, temos um “vilão” e dois personagens que lutam juntos contra ele, para proteger o controle do tempo e as viagens através do buraco de minhoca para assim, retomar e realinhar a vida como era conhecida, antes dos primeiros acontecimentos estranhos em Winden.
A esfericidade dos personagens é muito bem construída e é o ponto alto da trama, são todos muito homogêneos, fazendo com que você ame-os e odeie-os ao mesmo tempo. As conexões entre os moradores de Winden tanto no passado como no presente alimentam diversos mistérios e dúvidas nos espectadores. Além de possuir um roteiro impecável que apesar de complicado, te prende cada vez mais ao longo dos episódios. A fotografia é belíssima e se adapta para cada ano, facilitando a compreensão e intensificando a imersão na atmosfera de cada momento. Foi, sem dúvida, uma das melhores séries que assisti nos últimos anos. Sua segunda temporada já está confirmada, porém, sem data prevista de lançamento.
ONDE: Netflix
QUANTO: Assinantes (Plano Básico R$19,90/mês — Plano Premium 37,90/mês)
QUANDO: Prazo indeterminado
ATÉ QUANDO: Prazo indeterminado
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