Ford v Ferrari
Gabriel Santos
Produzir e desenvolver uma obra cinematográfica não é para qualquer pessoa.Existe um processo desde a criação de um roteiro até a iluminação ideal, para que no todo se torne algo especial. O novo filme de James Mangold, Ford v Ferrari, implanta esta ideia elaborando um confronto alucinante, que conquista olhares daqueles que buscam algo mais intenso para o fim de semana.
Tem como foco principal, os atores Christian Bale( Batman: O cavaleiro das trevas) e Matt Damon( Jason Bourne), a produção retrata um conflito que marcou as empresas automobilísticas desde o ano de 1960, equilibrando com a visão de cada um dos lados, para que o espectador possa interpretar com sua própria consciência quem levaria a melhor durante as corridas.
No início dos anos 1960, Henry Ford II, neto do fundador de uma das maiores construtoras do mundo, decidiu que a Ford precisava ser mais eficiente e determinada no mercado. Não poderia se manter apenas em ser a maior vendedora de automóveis no planeta, mas se transformar em um fenômeno de excelência.
Com isso já estipulado, tentou de qualquer maneira comprar a Ferrari, destaque nos principais campeonatos de automobilismo. Além de quatro troféus de Fórmula 1, conquistou contra a desafiante diversos premios em provas da 24 Horas de Le Mans, na França, entre 1958 e 1964.
Diante de uma negociação rejeitada, bater de frente com a poderosa italiana virou a questão principal para os americanos, que nunca haviam conquistado a prova.
A parceria entre o designer automotivo americano Carroll Shelby (Matt Damon) e o piloto britânico Ken Miles (Christian Bale) foi a brilhante ideia da Ford para virar o jogo. O que levou a um sucesso. Foram quatro títulos em Le Mans entre 1966 e 1969. Futuramente, também se tornou uma colecionadora de títulos na Fórmula 1.
Juntos, Shelby e Miles lutaram contra o comando empresarial, as famosas leis da Física e suas próprias emoções para arquitetar um carro revolucionário para a Ford Motor Company, atingindo o controle das pistas e derrotando os veículos dominantes de Enzo Ferrari.
Um destaque importante é a edição de som. Considerando que o clímax é a disputa da Le Mans, o filme se torna prazeroso ao dividir o peso da tensão deste instante entre as disputas entusiasmadas dos dois atores e os efeitos sonoros. A sensação é como se estivesse colado ao carro de corrida, correndo na chuva e diante de um grande público.
O longa-metragem para mim foi contagiante, pelo fato de mostrar o foco e o objetivo de cada personagem, o que acabou cativando meu olhar. Algo que fez também eu apreciar a construção do filme, foi ele estar relacionado com o tema esporte. Já havia visto filmes baseados em futebol e basquete, porém com foco na corrida este foi o primeiro. Nunca fui aficionado em Fórmula 1, mesmo assim o filme conseguiu desenvolver um ''gosto'' pela adrenalina em destaque.
Foi fascinante entender como duas grandes empresas podem levar a questão de rivalidade ao extremo para conseguir a vitória. Poder pesquisar sobre o que realmente ocorria durante a competição entre Ford e Ferrari, acaba entretendo ainda mais aqueles que compreendem somente como mais uma corrida. O que leva a uma questão, onde o espectador possa escolher um lado para torcer e se mostrar como um fã na plateia.
O mais curioso, são as contagiantes reviravoltas dentro da obra, que fazem com que o espectador tente buscar um lado dentro das discussões, por ser algo que onde existem dois lados e cabe ao público decifrar o ideal.Repleto de emoções, proporcionando diversas discussões e nos levando a ficar prontamente angustiados, é um filme que vale a pena admirar!
Onde: Qualquer cinema em todo o Brasil
Quanto: O valor varia de 15 a 30 reais-dependendo do local e dia
Quando:(minha visitação)-16 de Novembro 2019(ás 21:40): disponível todos os dias, inclusive em feriados.
Até Quando: Tempo Indefinido
Classificação: 12 Anos
Duração: 152 minutos
Direção: James Mangold
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