Entre as produções de sucesso da Walt Disney Studios, a que ganha o maior destaque é Frozen, e não apenas o filme mas a marca que ele se tornou. Após a grande recepção calorosa do longa de 2013, tendo arrecadado mais de 1,2 bilhões de dólares e carrega dois Oscars em seu título, vieram os curtas (servindo como um tipo de epílogo) Frozen Fever e Olaf’s Frozen Adventure, além de ter ganhado versões teatrais, incluindo na Broadway em 2018. Com tanta resposta positiva, não é surpresa o filme ganhar uma parte dois, considerando também o auge de continuações e “remakes” nos últimos anos.
A saga Frozen
Frozen 2 teve sua pré-estreia em Los Angeles no dia 7 de novembro de 2019 no Teatro Dolby e foi estreado nas salas de cinema americanas do dia 22 do mesmo mês. A história se constrói contendo base no primeiro filme: Elsa, prestes a ser coroada rainha, acidentalmente congela o reino de Arendelle antes de fugir para a floresta, agora depende de Anna em convencer sua irmã a descongelá-lo. Apesar de Elsa ter aprendido a lidar com suas habilidades no fim da primeira obra, a continuação consiste em mostrar o anseio da rainha por um lugar que ela se encaixe acompanhado de uma voz em sua cabeça que a chama para o desconhecido. Ela sabe que se não atender ao chamado, seu reino estará em perigo, então junto de Anna, Kristoff, Olaf e a rena Sven, ela parte para uma floresta encantada em busca de respostas e soluções.
Crítica
Todo o marketing feito para o filme posicionou as expectativas do público em um local praticamente inalcançável, tendo um feedback negativo ao ser lançado, principalmente pelos fãs da saga. Os diretores Chris Buck e Jennifer Lee com certeza mantiveram uma ótima direção assim como no primeiro filme, entretanto não foi o suficiente para compensar um roteiro ruim.
Para expandir o universo de Frozen, os criadores decidiram mostrar um pouco da cultura lapónica de povos que vivem na Noruega, já que é onde o filme se passa, e adicionar novos personagens que possam fazer essa representação. Porém em 103 minutos de filme eles ganham pouco tempo de tela e seus costumes nem chegam a ser mostrados. Também adicionaram uma backstory para os pais das protagonistas e a explicação da origem dos poderes de Elsa, criando assim uma grande carga de informações que confunde o público, além de tudo ter resoluções muito fáceis e rápidas, sem demonstrar muito conflito entre os valores da trama. Ao acabar a sessão no cinema sente-se que se fala muito sem dizer nada.
E é claro que não podem faltar novos animais fofinhos como “sidekicks” que servem mais para atrair as crianças e produzir brinquedos do que realmente agir na história. Até mesmo as músicas, que são boas por si só e fazem sucesso no Spotify, mas a maioria não carrega a narrativa em seu conteúdo, na verdade elas causam uma quebra na fluidez da história.
Apesar de Frozen 2 apresentar muitos defeitos, é compreensível que tenha momentos divertidos e cativantes, músicas boas que preenchem a playlist de qualquer um e uma animação absolutamente incrível.
O filme já saiu dos cinemas, mas pode ser assistido ou alugado em plataformas de streaming como NOW ou Disney+ nos Estados Unidos.
Mais…
Veja também a crítica de Otavio Ugá do canal do Youtube Super Oito sobre o filme