Histórias Afro-Atlânticas

Fernanda Bassani
Araetá
Published in
3 min readSep 10, 2018

Fernanda Bassani Simões da Silva

A exposição “Histórias Afro-Atlânticas” reúne 450 trabalhos de 214 artistas, desde o século XVI até o século XXI, trazidos da África, da Europa, das Américas e do Caribe. São retratos, fotografias, esculturas, vídeos, entre outras coisas que contam um pouco da história das pessoas que vieram da África para as Américas compulsoriamente; da cultura delas, da religião e do preconceito que elas sofrem até hoje.

Antônio Rafael Pinto Bandeira, Cabeça de homem, 1891, óleo sobre a tela

A exposição é dividida em 8 categorias: MAPAS E MARGENS, COTIDIANOS, RITOS E RITMOS, RETRATOS, MODERNISMOS AFRO-ATLÂNTICOS, ROTAS E TRANSES: ÁFRICAS, JAMAICA E BAHIA, EMANCIPAÇÕES e RESISTÊNCIAS E ATIVISMOS. Elas se dividem entre o primeiro andar, o primeiro e segundo subsolos do MASP e o Instituto Tomi Ohtake.

Muito da arte exposta no museu é de cunho político e fala sobre a vivência de uma pessoa negra no mundo. Tem um vídeo que é exposto, cujo nome é “Free, White and 21” e nele tem duas pessoas falando, a diretora do vídeo, que é uma mulher negra e uma mulher branca. A diretora conta casos de racismo que ela sofreu e a outra mulher fala coisas que tentam diminuir o que a outra está falando, dizendo que é “bobagem” e “exagero”. A ideia seria essa dinâmica de como as pessoas que nunca sofreram racismo reagem a ele.

Na fotografia abaixo, o fotografo Carlos Vergara, retrata um bloco de carnaval no Rio de Janeiro, durante o auge da ditadura militar, registrando momentos de resistência e militância em uma festa que é intrinsecamente relacionada á cultura afro-brasileira. A fotografia demonstra o empoderamento negro ao mostrar três homens sem camisa com a palavra “poder” grafitadas em seus peitos.

Carlos Vergara, Sem Título, da série Carnaval, 1972

Eu recomendo que todos que puderem a ver a exposição, pois acredito que além de ser uma exposição com artes lindíssimas de todos os tipos, é uma ótima oportunidade de conhecer mais sobre história e cultura. Além disso, eu acho que é muito importante promover essa conscientização e debate sobre preconceito racial.

Rosana Paulino, A permanência das estruturas, 2017, impressão digital sobre tecido, recorte e costura
Benny Andrews, Study for Portrait of Opression, 1985, óleo sobre tela com tecido pintado e colagem em papel
Fauth Ringgold, United States of Attica, 1971–72, pôster

Onde: MASP e Instituto Tomi Ohtake

Quanto: Inteira: R$35 Meia: R$ 17 Terças e Quartas: Gratuito

No Instituto Tomi Ohtake é gratuito sempre

Quando: Terça das 10h as 20h e Quarta a Domingo das 10h as 18h (a bilheteria fecha meia hora antes da exibição acabar)

No Instituto Tomi Ohtake é de Terça a Domingo das 11h as 20h

Até quando: dia 21/10/2018

Links relacionados:

Os ingressos do MASP podem ser adquiridos no site do museu.

Cinema e Animação

41615079

3APMNR20181

--

--