Homecoming: A Film by Beyoncé

Por Victoria Freitas Fonseca

Victoria Fonseca
Araetá
3 min readApr 21, 2019

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Beyoncé, é uma das artistas mais importantes da atualidade. Com mais de 20 anos de carreira, ela conseguiu expandir o que era apenas uma apresentação no festival Coachella, em um movimento importantíssimo para a cultura negra e para o feminismo. Tanto que foi considerado o concerto mais importante da era moderna pelo The New York Times.

Beyoncé no centro do palco vestida como Nefertiti, a rainha do Egito

Homecoming, é o documentário baseado em seu show do festival Coachella, na Califórnia em 2018. Beyoncé foi a primeira mulher negra a se apresentar nesse festival como atração principal desde a sua primeira edição. Portanto, é possível notar como ele foi impactante, pois tinha o objetivo de mostrar a importância da diversidade e identidade na comunidade negra norte americana. Com vídeos e imagens ao vivo dos dois shows feitos, repleto de dançarinos e uma equipe impecável, durante seu show, Beyoncé fez questão de incluir uma orquestra composta por 200 artistas, bailarinos e músicos negros de diversas formas.

Pirâmide dos dançarinos representando bandas marciais negras

O que ela queria, era além de fazer o próprio homecoming, fazer com que todas as pessoas que foram discriminadas e excluídas pela sua aparência, cor da pele entre outros fatores, se sentissem representadas e orgulhosas durante sua performance. Fora a questão do feminismo, que ela o tempo inteiro coloca em seu show. Em seus discursos ela explica o que é o feminismo, e apresenta o quanto mulheres negras são desrespeitadas, desprotegidas e negligenciadas na América, mostrando o quanto o movimento é importante e vale a pena de ser lutado.

Figurino fazendo referência a criação de sua própria faculdade para negros

Beyoncé e seus dançarinos, retratam através de seus figurinos, a diferença racial entre negros e brancos americanos no século XVIII. As roupas fazem referência a uma banda marcial negra de uma faculdade historicamente negra, em razão que naquela época negros não eram aceitos nas faculdades predominantes brancas.

Além de conter vários efeitos especiais que deram mais vida a esse espetáculo, tudo foi planejado para que ficasse com aspecto grandioso. Composto por inúmeras coreografias, acompanhadas por talentosos artistas em sua arte corporal, Beyoncé da oportunidade a vários americanos, especialmente negros, que de alguma forma sofreram diante da sociedade e estavam ali, para mostrar sua importância e valores para o mundo. Cada pessoa foi representada de alguma forma naquele palco, dando a devida importância para a apresentação.

Foto durante a performance

Eu particularmente fiquei impactada do início ao fim do documentário, cada minuto que passava era uma sensação diferente. A maneira de como Beyoncé retrata de assuntos importantíssimos de uma forma totalmente artística e descontraída me deixou arrepiada e reflete bastante de como a sociedade de hoje precisa de artistas completos como ela, que realmente querem passar uma mensagem através da sua arte e não simplesmente gerar status, que infelizmente é muito comum nos dias atuais.

Todos os assuntos apresentados como feminismo, racismo, diferença entre culturas, foi apresentado durante as 2 horas e 17 minutos de duração do documentário. Beyoncé em poucas horas conseguiu honrar sua história e tratar de um movimento importantíssimo para a cultura afro americana e o mundo.

Onde: Netflix

Quando: Dia 17 de abril de 2019 (lançamento do documentário)

Quanto: R$22,90 (custo mensal do serviço Netflix)

Até Quando: Tempo Indeterminado

Links relacionados:

Trailer documentário
Parte da apresentação da Beyoncé

Foto:

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