Isle of Dogs

Maria Julia da Silva
Araetá
Published in
3 min readSep 3, 2018

Por: Maria Julia

A segunda animação de Wes Anderson, Isle of Dogs (Ilha dos cachorros, em português) estreou dia 19 de julho no Brasil. O longa conta com nomes já conhecidos de seus filmes anteriores e de muito peso no cinema, como Bill Murray, Edward Norton, Frances Mcdormand, Bryan Cranston e outros. O roteiro, escrito pelo próprio Wes Anderson nos apresenta uma incrível narrativa em torno de cães.

Pôster do filme ‘Ilha dos Cachorros’ do diretor Wes Anderson (Twentieth Century Fox Film Corporation/Divulgação)

A história se passa no Japão, 20 anos no futuro. A cidade Megasaki tem uma super lotação de cachorros contaminados em proporções epidêmicas com uma gripe canina, a febre do focinho. Desencadeando uma massiva onda anti-cachorros. Em razão disso, o corrupto prefeito da cidade, Kobayashi (Kunichi Nomura) expulsa os cachorros para a Trash Island, onde lutam para sobreviver. Alguns meses se passam e Atari (Koyu Rankin), um menino de 12 anos, sobrinho de Kobayashi vai em busca de seu cão de guarda Spots, o primeiro cachorro a ser mandado para a ilha. Lá conhece então a matilha de cinco cachorros: Chief (Bryan Cranston), Rex (Edward Norton), Boss (Bill Murray), King (Bob Balaban) e Duke (Jeff Goldblum) que o acompanharão nessa aventura.

Cena do filme ‘Ilha dos Cachorros’ do diretor Wes Anderson (Twentieth Century Fox Film Corporation/Divulgação)

Como é de se esperar, o filme segue toda a estética conhecidíssima do diretor texano, a simetria, a paleta de cores, a tipografia e a narrativa. Mas também usufruindo de fascinantes referencias como a do cineasta Akira Kurosawa, com a trilha sonora de O Anjo Embriagado e Os sete Samurais. Há outras inspirações, como Yasujiro Ozu e a Escola Ukiyo-e de Xilografia para a Direção de Arte do filme. Juntamente, o longa dispõe como sempre de elementos de drama e de um humor seco na medida certa e sempre explorando diversos temas, alguns já abordados em outros filmes, como o totalitarismo, — abordado em Grande Hotel Budapeste. lealdade, criação de laços e a importância de se opor à ordens.

Como uma fã e seguidora do trabalho de Wes Anderson, não teria como não amar. O filme diverte, emociona e traz à tona a relação de amor entre cachorro e dono. O que mais admiro, foi a decisão do diretor de não traduzir na maior parte do tempo as falas em japonês, pois assim o espectador pode admirar a linguagem visual do filme. Em uma entrevista, Wes Anderson comenta sobre:

“subtitles didn’t seem that fun … When you’re reading subtitles, you’re really focused on the subtitles all through the movie and you don’t listen to the language as much.” Ele acrescenta, “You don’t understand the words, but you understand the emotion.” (Entrevista Kit de impressa do filme).

Não posso deixar citar aqui, esse elenco renomado: Edward Norton, Bob Balaban, Bill Murray, Tilda Swinton, Harvey Keitel, além de nomes como Bryan Cranston, Greta Gerwig, Scarllet Johansson, Frances McDormand, Jeff Goldblum, Ken Watanabe, Liev Schreiber, Yoko Ono, Kunichi Nomur e muitos outros. Além da colaboração de Roman Coppola e Jason Schwartzman na elaboração do roteiro.

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  • Onde: Caixa Belas Artes ( R. da Consolação, 2423 — Consolação)
  • Quanto: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia)
  • Link relacionado: Os ingressos podem ser comprados pelo site do próprio cinema. Caixa Belas Artes.
  • Quando: Todos os dias, sessão das 17:20h ou das 21:20h
  • Até quando: 05 de setembro de 2018
Eu mesma, Maju.

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