La Casa de Papel

Por Fabiana Esher Marun

Fabiana Marun
Araetá
4 min readMar 1, 2018

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La casa de papel é uma série espanhola, criado por Álex Pina, para o canal antena 3, que depois de fazer sucesso no país, está ganhando cada vez visibilidade internacional. Na Espanha, estreou no mês de maio de 2017, e no final de dezembro do mesmo ano, foi adicionada ao catálogo da Netflix. Em sua versão original, o seriado tem uma temporada dividida em duas partes, que compõem um total de 15 episódios; os nove primeiros com cerca de 70 minutos de duração cada, e a segunda parte tem seis episódios, um pouco mais curtos. Ao ser lançada internacionalmente, passou por uma remontagem, que resultou em um total de 19 episódios que duram entre 40 e 50 minutos. A primeira parte, de nove passou para treze episódios, e a segunda, que será lançada no dia 4 de abril na Netflix, continuará com os mesmos seis.

La casa de papel (2017) — Helsinque, Berlin, Oslo, Nairóbi, Professor, Moscou, Denver, Rio e Tókyo

Na história, oito criminosos são recrutados por Professor (Álvaro Morte) para realizar o maior assalto do século: um roubo à Casa da Moeda em Madrid. Com um planejamento de anos, e meses de preparação, o ambicioso plano envolve os ladrões não roubando diretamente de alguém, mas sim imprimindo 2,4 bilhões de Euros, fazendo o seu próprio dinheiro, enquanto lidam com a polícia do lado de fora, e controlam os reféns dentro do local. Um grande detalhe, é a regra essencial imposta pelo Professor: enquanto tudo acontece, ninguém e (principalmente) nenhum dos reféns pode se machucar, e sob nenhuma circunstância, morrer.

No episódio piloto, somos introduzidos a Tókyo (Úrsula Corberó), que narra o decorrer da série. Fugitiva da polícia, ela acaba conhecendo Professor, que a convida para participar do tal assalto. Logo ela conhece os outros sete ladrões; Berlin (Pedro Alonso), Nairóbi (Alba Flores), Rio (Miguel Herrán), o pai e filho Moscou (Paco Tous) e Denver (Jaime Menéndez), e os irmãos Helsinque (Darko Peric) e Oslo (Roberto García). Cada um possui uma função e habilidade específica. Esses nomes não são coincidência, para manterem suas identidades em sigilo, e como parte do plano, os nove não devem revelar nada de sua vida pessoal uns para os outros, nem mesmo seus nomes, por isso criam codinomes, cada um se denomina como uma cidade.

La casa de papel (2017) — Nairóbi, Rio e Tókyo

O assalto se inicia logo no piloto, e no decorrer dos episódios, vemos vários flashbacks de como foi o seu planejamento, treinamento e principalmente como o desenvolvimento das personagens e suas relações entre si e com o próprio roubo. O plano do assalto é muito bem arquitetado, onde cada detalhe é considerado, além de resoluções inesperadas e muito inteligentes a cada problema enfrentado pelo grupo.

Porém, o assalto não teria o mesmo impacto se não fosse pelos personagens. O desenvolvimento dos personagens é um dos pontos mais fortes da série, o que traz até uma certa ironia ao reconhecer que não sabemos nem ao menos seus nomes. Conhecemos suas motivações, objetivos, como são e agem, sabendo muito pouco do passado de cada um, assim, são anti-heróis que nos levam até a torcer para que realizem o roubo com sucesso.

La casa de papel (2017)

O roteiro muito bem pensado, em conjunto a boa montagem, uma fotografia e iluminação muito trabalhada e bonita e um grande desenvolvimento dos personagens fazem La Casa de Papel uma série de suspense que nos puxa do início ao fim. Por conta da Netflix e de outros serviços de streaming, produções de qualidade de outros países estão sendo trazidas à tona internacionalmente, incentivando cada vez mais o consumo e produção das mesmas de forma globalizada.

onde: disponível na Netflix

quanto: pacotes de assinatura mensais variam de R$17,90 a R$26,90

quando: prazo indeterminado

Fabiana Esher Marun, 3 semestre RTV

Eu, autora dessa crítica

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