LOVE, DEATH + ROBOTS

Por Daniel Blucher

Daniel Blucher
Araetá
3 min readMay 12, 2019

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Abertura de LOVE, DEATH + ROBOTS (1210x544)

Netflix está sempre lançando novidades, sendo boa parte delas produções originais. Apesar de muitos títulos decepcionantes, o lado positivo é uma maior experimentação de formatos, tramas, gêneros e até mesmo talentos na frente e atrás das câmeras.

Cena da curta “Sonnie’s Edge” em LOVE, DEATH + ROBOTS (500x241)

Love, Death + Robots foi lançado dia 15 de Março de 2019 no Netflix. Produzido por David Fincher e diretor do filme ‘DeadPool’(2016) , Tim Miller, é uma antologia de curtas de animação para um público adulto com diversos estilos e gêneros como ficção científica, comédia, terror e fantasia, sendo uma das tentativas da Netflix de reaquecer o mercado de obras animadas de ‘sci-fi’ para telespectadores mais maduros, nicho que se apresenta estagnado. Estúdios ao redor do mundo, alguns até rivais, foram entregues roteiros para dar sua própria particularidade à cada história.

Cena da curta “Good Hunting” em LOVE, DEATH + ROBOTS (500x324)

A coleção possui 18 episódios, alguns mais longos com duração de 17 minutos e outros curtos de apenas 6 minutos, uma média de 12 minutos por episódio. Alguns são criações originais enquanto outros buscam inspiração em obras literárias. A coleção exibe um espectro amplo de animação (2D, 3D, Live Action, Motion Capture e técnicas mistas), roteiros e áreas da ficção científica. Abrangendo momentos de erotismo para maiores de 18, lobisomens militares, guerras secretas na união soviética e um ringue de luta para monstros, abordando o estranho, surreal e sinistro.

Cena da curta “Sucker of souls” em LOVE, DEATH + ROBOTS (428x280)
Cena da curta “Ice Age” em LOVE, DEATH + ROBOTS (500x281)

Love, Death & Robots é deliberadamente diverso em sua construção com violência, humor e sensualidade. Não se deixe enganar pelo fato de ser computação gráfica, é para adultos, com nudez explícita, intercalada com profanidades e uma visão demente da realidade, tanto do presente quanto do futuro, sendo onde maioria das vinhetas se passam.

Cena da curta “When the Yogurt took over” em LOVE, DEATH + ROBOTS (500x281)
Cena da curta “When the Yogurt took over” em LOVE, DEATH + ROBOTS (500x281)

É um sonho febril ambicioso, deslumbrante e foda que salta entre gêneros e estilos de animação para oferecer um buffet de esquisitices a base de tudo, de iogurte senciente, a peixes fantasmas, a uma história alternativa que alegremente reimagina as muitas maneiras como Hitler poderia ter morrido. O volume de episódios e a diferença extrema entre suas construções permite que todo mundo encontre no mínimo um episódio que o agrade, mesmo se as narrativas não forem de acordo com seu gosto, não se pode negar, que o âmbito visual é deslumbrante. Meu episódio favorito, em todos aspectos, é o “Zima Blue”.

Cena da curta “Zima Blue” em LOVE, DEATH + ROBOTS (500x281)

Os análogos mais próximos da série são os de Heavy Metal (1988), Liquid Television (1991) e Adult Swim, mas Love, Death & Robots (2019) leva as coisas a um outro nível em termos de estilo, alcance e capacidade de chocar.

LIQUID TELEVISION (1991–1994) (838x591) / HEAVY METAL (1988) (838x591)

ONDE: Netflix

QUANTO: STANDARD — BRL 32,90/MÊS

QUANDO: 15 de Março de 2019

ATÉ QUANDO: Original Netflix (Tempo Ilimitado)

LINKS RELACIONADOS: <ttps://www.imdb.com/title/tt0101134/>; < https://www.imdb.com/title/tt0082509/>; < https://www.imdb.com/title/tt9561862/>;

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