Minha primeira noite em quarentena

Eduardo Nicastro
Araetá
Published in
2 min readApr 18, 2020

Estou deitado em minha cama olhando para o teto olhando para o vasto branco infinito que proporciona para minha visão. São por volta de 2 horas da manhã, estou entediado, farto de olhar para pequena tela de meu celular. Então sem pensar abro uma gaveta e retiro uma caixa antiga, onde dentro guardo meu kit de medicamentos e aparelhos, enquanto começo a dichavar a erva e enrolar a piteira, começo a pensar de uma fala do filme cidade de deus onde Buscapé, o personagem principal fala para si mesmo, “eu nunca fui bem com as mulheres mas sempre fui um mestre na arte de enrolar um baseado”.

Achei engraçado pensar nisso, bem, com beck apertado e pronto lentamente abro a porta de vidro que vai para a varanda. Olhando para o mundo de fora na escuridão da noite me fez pensar como se tivesse me perdido na imensidão do espaço, com um sentimento interno de paz no meio de toda essa confusão. Enfim, com tudo pronto, acende-se o isqueiro e com o fumaça psicodélica lentamente entrando em meu corpo eu olho para o céu e esse sentimento de solidão no espaço e amplificado pelo meus sentidos que o beck os aguçou.

Eu volto para meu quarto e simplesmente fecho meus olhos onde enquanto escuto minhas músicas. Estranhamente nesse momento pareceu que o som das músicas tomavam forma se movimentando conforme o ritmo.

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