“ O escândalo de Philippe Dussaert”

Aline Cristina
Araetá
Published in
2 min readMay 27, 2018

um monologo escrito pelo dramaturgo francês Jacques Mougenot, é um texto fantástico sobre os critérios do que pode ser considerado arte contemporânea e a dimensão. O que é o artista? Como se pode defini-lo, reconhecê-lo? Qual a diferença entre um quadro feito por um chimpanzé com coordenação motora suficiente para jogar tintas em uma tela, e outro, feito por qualquer humano, figurativo ou abstrato?

esses sao um modo que abrange de forma leve e inteligente e de serto modo comica, do início ao fim. Encenado perfeitamente pelo ator Marcos Caruso e com direção preciosa de Fernando Philbert.

A peça conta a história do artista Philippe Dussaert, pintor conhecido como copista de quadros consagrados de autores como Da Vinci, Vermeer, Manet e diversos outros, mas com a característica muito própria e intrigante de excluir dos quadros que copia as figuras humanas ou animais presentes nos originais, preservando o fundo da maneira como o autor o concebeu.

Os quadros, chamados de “Ao fundo de…”, com a continuação sendo o nome da obra original, propiciam sua inserção no mundo da arte contemporânea, e Dussaert, não obstante a polêmica que gravita em torno dele, ganha visibilidade, renome e prestígio, até o ápice de sua ‘originalidade’, quando sua última inventiva fica conhecida como ‘o escândalo Philippe Dussaert’, que dá nome à peça.

uma das melhores obras de arte a ser analisada nesse monologo, com enfoque em dois pontos relevantes no mundo atual. o primeiro sendo, o que é arte? o que pode ser considerado como tal, e o segundo só podendo ser revelado no final do espetáculo e o quanto nos deixamos ser enganados pelas palavras, em que ponto deixamos de sentir uma obra de ter uma sensibilidade e passamos a viver acreditando “ no falar bonito”.

um espetáculo que te prende do começo ao fim e não te deixara sair sem questionar no que as pessoas acreditam, sem questionar ate que ponto as academias se tornaram padrões e tiraram a liberdade do pensar livre. coloca o questionamento se somos submissos ao sistema ou criadores do mesmo.

e ainda da tempo de ver estra em cartaz ate 10/06

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