O Poço

Vitor José de Moura Leite Sérpico

Vitor Sérpico
Araetá
2 min readMay 4, 2020

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Cena forte do filme onde o ator principal lambe os pratos vazios procurando comida

“O Poço”, novo filme do Netflix me deixou muito intrigado e conta a história de Goreng, um homem que acorda como prisioneiro em uma cadeia no subsolo. O lugar contém diversos níveis, e se baseia na divisão da comida: uma mesa repleta de pratos e alimentos desce do nível 1 até o último, e, quanto mais para baixo, menos alimento e mais tensa fica a situação.

O Poço, na minha opinião, é uma representação da sociedade atual. A prisão tem uma rotatividade e a cada mês muda o seu nível, sendo assim você não sabe quais serão suas dificuldades como no dia a dia, além disso, n’O Poço há várias regras e maneiras de se comportar.

Quando Goreng sugere a divisão de recursos, para que chegue comida em todos os níveis, seu companheiro de cela fica em choque pois sente que por estar em um nível bom tem que aproveitar os recursos e usar o máximo possível sem pensar no próximo, como vemos na desigualdade brasileira onde alguns tem casa com piscina e academia e outros não tem nem o que comer.

O filme me fez refletir sobre a maldade do sistema social e isso ficou muito claro desde os 10 primeiros minutos de filme. Quem está em cima não se importa com que está em baixo e algo que me chamou muita atenção é que não importa se você ficou em um nível baixo quando você chega no alto tem as mesmas atitudes dos que não deixavam comida para você antes.

Essa é uma obra original da Netflix de origem espanhola e está disponível na plataforma on-line da mesma. Para assinar a plataforma é apenas 19,90 por mês e além dessa grande produção existem várias outras.

O filme é muito bom e passa rápido demais, indico muito pois nos faz refletir sobre a cruel. (?)

Aqui está um vídeo que assisti depois do filme e esclareceu muitas coisas:

Eu e meu amor na quarentena

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