Por Mariana Azevedo Addor
É uma nova série da Netflix lançada dia 16 de março deste ano, 2018. A primeira temporada tem 10 episódios, cada um com aproximadamente meia hora, o que faz com que a maratona da série seja bem dinâmica. Sendo um equilíbrio perfeito de comédia e drama, ela se passa na Los Angeles atual e trata da vida de cinco adolescentes da classe média/baixa prestes a entrarem no Ensino Médio.
A protagonista, Monsie Finnie, tem que lidar com a mudança súbita de seu corpo e portanto aprender a lidar com o assédio de todo dia além de guardar um grande segredo junto com um de seus melhores amigos, Cesar Diaz, que pode prejudicar a amizade de todo o grupo. Ao mesmo tempo é assombrada pelo abandono da mãe que sofreu quando era criança, um assunto delicado para ela. Ja Cesar tem que lidar com seu irmão, Spooky, que ao sair da prisão o envolve na vida perigosa e sem volta da gangue Santos. Os outros melhores amigos de Monsie são Ruby Martinez, um garoto de baixa estatura e muito inteligente, com uma leve obsessão por organização e com uma ótima lábia, consegue convencer qualquer um a fazer o que ele quiser, com seus discursos rebuscados; e Jamal Turner, que é péssimo em guardar o segredo dos outros mas mesmo assim consegue esconder por meses o seu desgosto por basquete dos pais, fingindo ter entrado para o time mas não poder jogar devido a sérios “machucados”. Por fim, a última integrante do grupo é Olivia, uma amiga da família de Ruby vinda do Texas que vai morar com ele por uns tempos após seus pais serem deportados. Juntos eles formam uma amizade inigualável e leal, são uma família uns para os outros.
É a típica fórmula do coming of age que não tem como errar. A série lembra muito outra produção (cancelada) da Netflix chamada The Get Down, que também trata da vida de personagens negros e latinos nas áreas menos afortunadas das metrópoles dos Estados Unidos, e que também teve a participação de Jason Genao, ator que interpreta Ruby Martinez. O que mais se destaca, na minha opinião, em On My Block é a construção de cada personagem, que em sua esmagadora maioria é composto de um cast diverso. Todos eles têm uma relação de amizade e respeito um pelo outro e com suas famílias, não importa o que vier. Mas não apenas como um time, individualmente, eles são extremamente bem escritos e refletem bem como é estar nos primeiros anos da adolescência. Todos eles têm características que os ressaltam unicamente mas também tem falhas com que podemos nos identificar (me lembra um pouco os filmes do John Hughes). São tão bem construídos que é impossível não se importar com cada um deles e é por isso que o final da série é tão incrível, pois arremata as decisões tomadas pelos personagens de uma forma chocante. Ele deixa aberto no ar um plot twist de arrepiar que vai deixar você sentado na ponta da cadeira precisando da segunda temporada para ontem.
Eu:
On My Block:
Onde: Netflix
Criadores: Lauren Iungerich, Eddie Gonzalez e Jeremy Haft
Quando: 16 de março — tempo indefinido
Quanto: o pacote da mensalidade mais simples da assinatura da Netflix custa R$ 19,90 / para acesso a duas telas + HD custa R$ 22,90 / a versão mais completa de quatro telas + HD custa R$ 29,90.
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