Trazendo às telas de cinema o super-herói introduzido nos quadrinhos de 1966 Fanstatic Four #52, Marvel Studios acerta em cheio ao contar a tão esperada história de Pantera Negra. No filme, após a morte de T’Chaka (John Kani), seu filho T’Challa, interpretado por Chadwick Boseman, assume o posto de rei e protetor de Wakanda, reino fictício escondido em meio às florestas africanas e rico em avançadas tecnologias. No entanto, ao descobrir que seu reino está sendo ameaçado, T’Challa precisa lidar com o passado e com a pressão de ser um Pantera Negra e um líder ainda melhor que seu pai.
Dirigido por Ryan Coogler, o filme não é apenas mais um dos blockbusters da Marvel, como também uma obra histórica, na qual o roteiro, escrito com a ajuda de Joe Robert Cole, reflete desde as colonizações até suas consequências, como o racismo constante presente nos Estados Unidos.
Este manifesto é realizado principalmente através do personagem Erik Killmonger, interpretado por Michael B. Jordan, que apesar de ser tratado como o vilão, busca mostrar a T’Challa o outro lado da história, ou seja, como é a realidade dos negros para além dos ricos portões wakandianos. Jordan ainda afirmou que uma de suas inspirações para o papel foi o filme brasileiro Cidade de Deus, pois a raiva de Killmonger também é fruto de um sistema social opressor.
Outro manifesto presente em Pantera Negra é o poder feminino, que nos entretém em boa parte do filme. Além de seu humor com um timing perfeito, Shuri (Letitia Wright), irmã mais nova de T’Challa, é a principal cientista de Wakanda, responsável por criar e aperfeiçoar o uniforme e os aparatos do Pantera Negra. E apesar das cenas de ação focarem no herói, Pantera nunca está sem a forte ajuda das guerreiras wakandianas Dora Mijale, lideradas pela general Okoye (Danai Gurira).
A fotografia, dirigida por Rachel Morrison, primeira mulher indicada ao Oscar nesta categoria, também impressiona com seus tons fortes, presentes não só nas paisagens do reino, como também nos figurinos idealizados por Ruth E. Carter.
As vestimentas, criadas uma a uma para especificar cada tribo e suas respectivas características, mostram ao público a diversidade cultural dos povos africanos.
Desta forma, Pantera Negra é muito mais do que só um filme de super-herói, fazendo parte da construção de um novo futuro no Universo Cinematográfico Marvel, como também na vida de milhares de crianças negras, que pela primeira vez estão sendo representadas e apresentadas à uma nova perspectiva, na qual são fortes heroínas e orgulhosas de suas origens.
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Pantera Negra
- Onde: Disponível em todos os cinemas do Brasil.
- Quanto: Os ingressos variam de R$10, 00 a R$70, 00.
- Quando: Disponível todos os dias da semana.
- Até quando: Meados de abril.
