Raphael Galvez

Luis Guilherme Zaratin
Araetá
Published in
3 min readAug 24, 2017
Eu e o Rapha

Por Luis Guilherme S. Z. Soares

Salão principal da Galeria

º- A Exposição conta com 60 obras (40 pinturas e 20 desenhos) do pintor, escultor, desenhista e professor, Raphael Galvez, incluindo a série de paisagens à beira do rio Tietê, em São Paulo.

º- Raphael Galvez (1907–1998) foi um pintor brasileiro nascido em São Paulo, na região da Barra Funda. Ao lado de Alfredo Volpi, pertenceu à segunda geração do modernismo do Brasil.

Na década de 40, Galvez, começou a retratar alguns dos bairros da cidade em que nasceu para os cartões que pintava, ao invés da tela, dando assim uma aparência especial e única às pinturas, como a Freguesia do Ó, Bairro do Limão, Casa Verde, Barra Funda, entre outros.

Parede na entrada da galeria

Quando foi dada a tarefa de ir a uma exposição, procurei por locais desconhecidos e utilizei o mesmo critério para escolher o artista, dessa maneira, acessando o website do Guia da Folha, encontrei o que buscava.

Com foco nas pinceladas, partindo de paisagens de São Paulo, frutas, florestas e até flores, a exposição conta também com parte de seus desenhos e esculturas, destacados ao longo do post.

Parte de suas esculturas.

Suas obras apresentam paisagens às margens do rio Tietê com cores leves, com isso, quero dizer que são cores fracas, pois não tem muita vida, parecido com o que vemos incessantemente nessa cidade que nos parece monocromática. Nos cartões coloridos e com as paisagens distorcidas propositalmente, é rara a aparição da população e à primeira instância não distinguimos que local está sendo retratado, mas conseguimos perceber o carinho pelo local em que nasceu.

Quando abri a porta da galeria e me deparei com suas obras, fui aos poucos reparando do que se tratava, conforme isso acontecia, fiquei boquiaberto e extasiado ao ver, pelos olhos dele, como era essa cidade há 70 anos atrás. Mesmo mergulhando de cabeça e tendo certa imersão como se eu estivesse presente no momento em que foram pintadas, como morador de São Paulo, senti certo espanto, pois não me parecia que estava vendo essa mesma cidade que tanto mudou, e ainda muda, nesse tempo.

Do outro lado do rio — 1945

O retrato que mais me impressionou, sem dúvidas, foi a Aurora (Sinfonia inacabada). Isso se deu pela curiosidade gerada e pela beleza da obra, mostrando que a arte não precisa estar concluída para ser a mais bonita da exposição.

Aurora (Sinfonia inacabada) — 1947

Ostentação (Barra Funda) — 1946

Estrada — 1966
Autorretratos

SERVIÇO DA EXPOSIÇãO

º- Quanto: Gratuito

º- Quando: De segunda a sexta, até às 19h

º- Onde: Galeria Almeida e Dale, R. Caconde, 152 (São Paulo)

º- Até quando: 16 de Setembro

º- Links relacionados: http://almeidaedale.com.br/exposicao/raphael-galvez

http://guia.folha.uol.com.br/exposicoes/galerias/raphael-galvez-galeria-de-arte-almeida-e-dale-jardim-paulista-302071077.shtml

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