Recorte Modernista

Luiza Contatto
Araetá
Published in
3 min readOct 16, 2017

Luiza Pagliotto Contatto

Em uma pesquisa sobre as exposições que estão acontecendo em São Paulo, eu me deparei com a chamada “Recorte Modernista”. Na hora me veio a curiosidade em saber mais sobre tal, por eu conhecer alguns nomes dos artistas que estariam expostos, como por exemplo Tarsila do Amaral , e também por não ter muito contato e nem conhecimento sobre a arte sobre papel. Com um total de 41 obras, sendo 14 artistas no total a exposição “Recorte Modernista” atrai todos aqueles que querem visitar os clássicos do modernismo no Brasil. Vai de Anita Malfatti, até grandes nomes como Di Cavalcanti, Portinari, Volpi e Gomide. Constituindo em uma sala quadrada, pouco iluminada, com luzes maiores dando foco nas obras de arte. No final da sala constitui uma segunda exposição com outro catálogo, chamada “Ismael Nery”.

Sala da exposição "Recorte Modernista".

Ao meu ver no Brasil percebemos que em geral o papel, não tem o prestígio que tem em todo o primeiro mundo e mesmo nas coleções brasileiras de maior importância. Conversando com as pessoas que trabalham na exposição, chegamos à uma conclusão que há um preconceito com esse tipo de produção, pelo papel ser mais frágil, e mais inadequado que a tela para uma longa duração. Outro ponto também, é que esteticamente as obras feitas sobre papel podem parecer mais simples que as pinturas e esculturas.

Obra "Cena de Caça com Cavalos" — Antonio Gomide — aquarela s/ papel 18x32,5 cm.
Composição ( Figura só) — Tarsila do Amaral- tinta ferrogálica s/ papel 14,8x17 cm.

Eu conheci diversos museus ao redor do mundo, e mesmo em São Paulo, e pelo fato desse não ser composto por pinturas como geralmente é, foi por esse motivo que eu o escolhi. Eu particularmente me encantei por essa técnica no papel. Andando tela por tela, conseguimos perceber os detalhes de cada obra, o trabalho por traz daquele desenho que aparenta ser simples, mas que traz uma explosão de sentimentos e pensamentos do artista. Me fez refletir sobre o motivo daquele desenho, o local que ele estava, entre outros detalhes que só quem vai visitar a exposição vai conseguir entender.

Uma das obras que eu mais gostei foi o Cavalo, de Candido Portinari, é feito de grafite e crayon colorido. Fiquei cerca de 15 minutos observando cada linha, cada detalhe que foi feito pra dar vida para esse cavalo. As linhas vão se unindo e mostrando o formato exato do cavalo, em um simples formato.

Obra "Cavalo"- Candido Portinari- 31x42 cm.

Por fim, é uma exposição que vale muito a pena de conhecer, com obras cativantes.

Frente da exposição.
Famosa "Selfie" com vergonha na frente da exposição.

Serviço da Exposição:

Onde: Ricardo Camargo Galeria.
Endereço: Rua Frei Galvão 121 | J. Paulistano.
Datas: de 22 de setembro a 18 de novembro de 2017.
Horários: de segunda à sexta-feira, das 10h às 19h; sábado, das 10 às 15h.

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