“Expresso do amanhã”

por Ana Flávia Araujo

Ana Flavia Manfredini de Araujo
Araetá
2 min readMay 30, 2020

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Dessa história já bastante explorada, surge a série Expresso do amanhã”, título original “Snowpiercer”, misturando elementos da HQ e do longa. A distopia acontece em um momento de crise climática, a temperatura é tão fria que não permite a vida na Terra, com isso, um misterioso visionário, Sr. Wilford, constrói uma locomotiva, na qual o que sobrou da humanidade irá viver.

Cartaz original da série para a TNT

Para o seu perfeito funcionamento o local necessita de ordens e regras bem definidas, já que ele está abrigando múltiplas pessoas, com culturas e valores distintos. Deste modo, os vagões são divididos em primeira classe, segunda classe, terceira classe e o fundo, esse último abriga as pessoas que não puderam pagar por uma passagem e invadiram o trem em busca de sobrevivência. Tal cenário é perfeito para a discussão sobre luta de classes, ponto principal da obra, e a maneira como as situações apocalípticas despertam nos homens valores deturpados.

Cena do filme, pode-se ver a segregação das classes.

Ademais a série inova com um ritmo mas calmo, estratégico e cauteloso, passa ao espectador uma sensação tensa, instigante, além da possibilidade de abordar machismo, solidão, o desejo de conexão, necessidade de sentir profundamente e o poder da memória no auxilio dessas aflições.

A série é produzida pela TNT, no entanto, a algumas semanas entrou no catálogo da Netflix, se tornando um grande sucesso.

Cartaz da série na Netflix

A prova de tal sucesso pode ser exemplificada com a lista “Top 10 Brasil”, um novo recurso do streaming que tem o intuito de ajudar os assinantes na busca do filme ou série para assistir, utilizando-se de seu algoritmo de audiência é possível saber quais são os conteúdos mais assistidos em cada país; a lista é atualizada todo dia, e o “Expresso do amanhã” tem permanecido nos três primeiros lugares ao longo dessa semana.

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