Suspíria (2019)

Por Luan Leal

Luan Tseng
Araetá
2 min readMay 13, 2019

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Cartzaz de “Suspíria (2019)”

Suspíria, de Luca Guadagnino, diretor de “Me Chame Pelo seu Nome”, lançado em 2017, é uma refilmagem de um filme dos anos 70 que se passa na Alemanhã nazista da Guerra Fria, no qual o muro de Berlim ainda estava erguido. O filme começa com uma garota surtada, indo ao psicólogo. A menina relata uma série de bruxarias que supostamente aconteciam dentro de uma escola de dança e a partir da incerteza sobre a loucura da garota, o velho se intriga com o caso.

Neste grupo de dançarinas, o respeito prevalece. Se prepara uma apresentação icônica do coletivo, celebrada e realizada a anos pela escola, comandada pelo grupo de professoras. A professora Blanc (Tilda Swinton) procura o papel de dançaria principal, já que a última, a menina surtada, sumiu. De supetão, uma jovem se oferece para entrar na escola e rápidamente se oferece para exercer o papel.

Durante o filme todo, o grupo de professoras se reúnem separadamente e conversam sobre Mães e sobre a próxima Mãe. De certo a bruxaria não é escondida, mas o que nos deixa surpresos é o fato de que a Mãe mais poderosa é na verdade a aluna que se oferece para dançar o papel principal e a antiga menina ainda habitava as entranhas do local. E no fim do filme, descobrimos que o velho tinha uma mulher que tentou fugir, mas foi pega e presa num campo de concentração por 20 dias, até morrer de frio, congelada no meio da noite, para uma recontagem de presos dentro do campo. O filme termina com a casa dos dois e o coração cortado ao meio, com a sigla dos dois, na quina da casa. A Mãe, que interpreta a dançarina durante o filme todo, apaga a memória do velho, que acorda sem ter lembrado de nada. É o único personagem que possui um laço afetivo do começo ao fim.

É um filme artístico-sonoro-visual. Não há gênero que se enquadre, por mais que esteja dito ser de suspense, mistério ou de terror. Em 2018, Thom York lançou os singles que compõem o filme e os escuto desde então. Os ruídos, a música, as imagens misturadas a cortes e foto-montagens, formam uma obra completa e fora dos padrões hollywoodianos.

Atualmente, pode ser visto no Centro Cultural São Paulo nas sessões das 19:15, de segunda a domingo.

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