Cloud War, como escolher o meu provider?

Gostaria de dizer um muito obrigado ao Cassiano Ricardo pela colaboração nesse texto.

Introdução

Escolher o provedor de nuvem certo é uma decisão crucial para qualquer empresa que deseja aproveitar os benefícios da computação em nuvem.

Com tantas opções disponíveis no mercado, é importante considerar vários fatores para garantir que a solução escolhida atenda às necessidades específicas do seu negócio. Desde a avaliação das demandas de processamento e armazenamento até a análise das políticas de segurança e suporte ao cliente, cada aspecto desempenha um papel fundamental na decisão final.

Este guia oferece uma visão abrangente dos pontos essenciais a serem considerados ao selecionar um provedor de serviços em nuvem, ajudando você a tomar uma decisão embasada e estratégica.

Avalie as necessidades da sua empresa

Uma importante etapa envolve a análise das necessidades do seu negócio, compreendendo as exigências das suas aplicações em relação ao processamento, armazenamento, segurança e desempenho.

Uma vez que isso seja feito, você pode selecionar um provedor de serviços em nuvem que corresponda às expectativas.

Da mesma forma que é importante entender as demandas da sua empresa, também é importante considerar os recursos e serviços disponibilizados pelos provedores de nuvem.

Alguns provedores se especializam em oferecer soluções de armazenamento, enquanto outros proporcionam uma variedade de serviços, incluindo bancos de dados, ferramentas de análise, virtualização, hospedagem de sites, etc.

• Empresa de análise de dados: Uma empresa que lida com grandes volumes de dados pode precisar de um provedor de nuvem que ofereça armazenamento ilimitado. Por exemplo, a empresa pode escolher o Amazon S3 da Amazon Web Services (AWS), conhecido por sua escalabilidade e durabilidade no armazenamento de dados.
• Startup de Tecnologia Financeira: Uma fintech que lida com informações financeiras sensíveis de seus clientes pode priorizar a segurança dos dados. Neste caso, elas devem optar por um provedor cujas políticas de segurança estejam alinhadas com seus objetivos.
  Por exemplo, se você procura uma solução em nuvem segura, escolha ferramentas que tenham certificações CSA, ISO 27001, HIPAA ou PCI DSS.

Bom suporte ao cliente é fundamental

Problemas técnicos podem surgir a qualquer momento e a empresa irá precisar de um suporte técnico eficiente para resolver esses problemas. Por isso, conte com um provedor de nuvem que ofereça atendimento e bons canais de suporte, como telefone, chat e e-mail.

Além disso, é importante avaliar a qualidade do suporte oferecido e se a língua não será uma barreira, alguns só oferecem suporte estrangeiro.

Avalie a compatibilidade com as ferramentas que você já utiliza!

Essa dica é fundamental caso a sua empresa utilize ferramentas e aplicativos específicos. Por isso, quando for escolher o provedor de nuvem, certifique-se de que seja compatível com eles. Por exemplo, se o seu negócio utiliza:

• Google Workspace: Se a sua empresa utiliza o Google Workspace, que inclui ferramentas como Gmail, Google Docs e Google Drive, um provedor de nuvem compatível seria o Google Cloud Platform (GCP). O GCP integra-se perfeitamente com o Google Workspace, permitindo uma transição suave e eficiente para a nuvem.
• Microsoft 365: Se a sua empresa utiliza o Microsoft 365, que inclui ferramentas como Outlook, Word, Excel e Teams, o Microsoft Azure seria uma escolha lógica. O Azure oferece integração direta com o Microsoft 365, facilitando a migração e o gerenciamento de dados na nuvem.
• Ferramentas de Desenvolvimento de Software: Se a sua empresa já utiliza ferramentas específicas de desenvolvimento de software, como o Jenkins, para integração contínua e entrega contínua (CI/CD), você pode querer escolher um provedor de nuvem que tenha suporte nativo a essas ferramentas.

Escalabilidade

A capacidade do provedor de nuvem de aumentar ou diminuir a escala conforme o crescimento do seu negócio é essencial para atender às suas demandas em constante mudança em todas as etapas. E é um recurso que todo provedor de nuvem deve oferecer.

Isso significa que sua solução em nuvem deve ajustar seu desempenho para atender às demandas da sua organização com facilidade e sem taxas adicionais.

Como resultado, você paga apenas pelo que precisa, em vez de usar uma arquitetura de nuvem inflexível a um custo mais alto. Portanto, procure provedores de nuvem que possam escalar com o seu negócio, especialmente se você deseja aproveitar os aumentos sazonais na demanda dos clientes.

Existem três tipos de escalabilidade em nuvem:

• Escalabilidade vertical: Você aumenta ou diminui a capacidade dos seus recursos computacionais (como CPU, memória e armazenamento) dentro de um único servidor. Isso é útil para melhorar o desempenho de tarefas complexas ou de aplicativos que exigem mais recursos à medida que a carga de trabalho aumenta.
• Escalabilidade horizontal: Envolve adicionar ou remover instâncias de servidores para distribuir a carga de trabalho de forma eficiente. Isso significa que, em vez de aumentar os recursos de um único servidor, você pode adicionar mais servidores para trabalhar em paralelo, melhorando a capacidade de processar múltiplas tarefas simultaneamente.
• Escalabilidade global: Permite a distribuição de recursos em várias regiões geográficas, utilizando múltiplas máquinas virtuais localizadas em diferentes partes do mundo. Isso é especialmente útil para empresas que operam globalmente, garantindo que os usuários tenham acesso rápido e confiável aos serviços, independentemente de sua localização.

Confira as políticas do provedor de nuvem

Caso seu negócio esteja lidando com dados sensíveis ou regulamentados, é importante verificar se as políticas do provedor estão enquadradas nos requisitos da empresa. Esse fator varia absurdamente em diferentes fornecedores do mercado.

• Instituições de Saúde: Se a sua empresa é uma instituição de saúde que lida com dados sensíveis dos pacientes, é crucial escolher um provedor de nuvem que esteja em conformidade com as normas de privacidade e segurança de dados, como a HIPAA (Health Insurance Portability and Accountability Act). Por exemplo, o Microsoft Azure oferece uma gama de serviços compatíveis com a HIPAA.
• Empresas Financeiras: Para empresas financeiras que lidam com informações sensíveis, é importante escolher um provedor de nuvem que esteja em conformidade com as normas financeiras, como a PCI DSS (Payment Card Industry Data Security Standard). A Amazon Web Services (AWS), por exemplo, oferece uma variedade de serviços que são compatíveis com a PCI DSS.
• Empresas Europeias: Se a sua empresa está localizada na Europa ou lida com dados de cidadãos europeus, é crucial escolher um provedor de nuvem que esteja em conformidade com o GDPR (General Data Protection Regulation). O mesmo vale para a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) no Brasil.

Avalie os custos

Ao escolher um provedor de nuvem, é essencial considerar os custos, pois eles podem variar significativamente, mesmo que a nuvem seja geralmente mais econômica do que manter servidores próprios.

É importante avaliar os planos de serviço do provedor e entender seu modelo de cobrança, que pode ser baseado em uso por hora, mensal ou anual. Compreender como o provedor calcula os custos ajudará a empresa a otimizar seus gastos.

Programas de incentivo a StartUps:

Fornecem créditos para que sua empresa experimente recursos da nuvem por determinado período, permitindo que rodem em custo zero por até um ano.

Free-tier:

Os “free-tiers” dos provedores de nuvem permitem que você use serviços gratuitamente, com algumas limitações. São uma excelente maneira de começar a usar a nuvem sem risco financeiro.

Existem diferentes tipos de Free-Tiers:

• Sempre Gratuito: Alguns serviços são sempre gratuitos, mas com limites de uso. Por exemplo, você pode ter um pouco de armazenamento ou algumas horas de computação por mês de graça.
• Grátis por Tempo Limitado: Outros serviços são gratuitos por um tempo limitado, geralmente 12 meses. Depois disso, você paga pelo uso.

O que Você Pode Fazer com Free-Tiers:

• Máquinas Virtuais (VMs): Executar servidores básicos por algumas horas por mês.
• Armazenamento: Guardar uma quantidade limitada de dados.
• Bancos de Dados: Usar pequenas bases de dados.

Benefícios dos Free-Tiers:

• Sem Custo Inicial: Comece a usar serviços de nuvem sem gastar dinheiro.
• Teste e Aprenda: Experimente diferentes serviços e aprenda como eles funcionam.
• Prototipagem: Crie e teste novas ideias sem custo.
• Upgrade Fácil: Se precisar de mais recursos, você pode facilmente mudar para um plano pago.

Mas atenção!

• Fique de olho nos limites gratuitos para não ter surpresas na conta.

Lembre-se, é importante entender completamente a estrutura de preços de um provedor de nuvem antes de tomar uma decisão. Isso inclui não apenas o custo dos serviços, mas também quaisquer custos adicionais, como suporte ao cliente e custos de migração de dados.

Dica bônus: Existem ferramentas nativas dos próprios provedores para cálculo e estimativa de custos. Nelas, você pode inputar recursos e ter uma base de custo de cada serviço, sendo uma ótima maneira de comparar valores de serviços semelhantes entre provedores diferentes.

Exemplos:

AWS Pricing Calculator

Pricing Calculator | Microsoft Azure

Google Cloud Pricing Calculator

Conclusão

Escolher o provedor de nuvem certo pode parecer uma tarefa desafiadora, mas com uma análise cuidadosa das necessidades do seu negócio e uma compreensão clara das ofertas dos provedores, você pode encontrar a solução ideal.

Avalie a compatibilidade com suas ferramentas atuais, considere a escalabilidade necessária para o crescimento do seu negócio, e esteja atento às políticas de segurança e aos custos.

Utilizar os “free-tiers” pode ser uma excelente maneira de começar, permitindo testar serviços sem custos iniciais.

Com essas dicas em mente, sua empresa estará bem posicionada para aproveitar ao máximo os benefícios da computação em nuvem.

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