2º Guerra de ARKHI (A Guerra Púrpura) — Batalha 2

Gabriela Gouvêa
ARKHI
Published in
4 min readApr 26, 2024

Por: Tulio Cerquize

Relato de Gareb

Fiquei dias entocado nestes corredores fedendo a sálvia frita estudando o livro que peguei do ARKHImancista que matei, e agora ao sair vejo que o caos está instaurado. Quando eu saí do Pináculo Memorial para recrutar novos soldados não achei que iria reviver o massacre do acampamento Zenitar. Toda noite sonho esta cena: meu querido acampamento com corpos dilacerados à minha frente. Eu só fiquei vivo porque me joguei em baixo dos cadáveres, mas agora tenho muita ajuda e posso fazer a diferença nesta guerra.

À minha frente, a lenda viva que dá nome ao esquadrão de elite Bramud. Não só eu como os companheiros Manu’El, Barriga D’Água e Flynn conversamos com o vultista sobre os rumos da guerra. Assim que o velho sai, ouvimos gritos de desespero. No corredor encontramos com outra lenda, Calango dos Dez Temidos — um grupo que já protegeu a Jóia Lumniana outras vezes. Tenho certeza de que ele será útil conosco. Após andarmos pelos corredores chegamos em uma pequena câmara de 4x4 metros com uma sala em cada lado e outra em nossa frente. Calango vai para a esquerda e se depara com uma jovem jaonida morta. Sua vida mal começara e já havia se encontrado com o Vulto.

Eu sigo para a sala da frente, quando vimos três malditos mortik avançando. Tudo indica que os malditos conseguiram invadir a cidade por alguma passagem secreta nesta confusão. Tomamos uma posição estratégica, diminuindo o número deles com belos acertos de flecha do pequenino Barriga d’Água. Não demora para vermos outros sete adoradores da morte chegando… quatro no corredor da direita e três no da esquerda. Eu entro no corredor da frente enquanto o terceiro mortik, ainda vivo, foge para longe. Calango se protege de golpes que seriam mortais para quase todos nós. Eu peço ajuda à benção de Zenitar e então lanço meu feitiço de sono.

Cinco dos seis malditos desmaiam e logo conseguimos virar esta dança macabra ao nosso favor quando o último inimigo de pé se rende. Onde está Flynn? Parece que não saímos desta luta sem uma baixa, mas não é hora de chorar pelos mortos já que precisamos proteger os vivos. Manu’El fica encarregado de amarrar os derrotados para julgamento posterior e nós vamos atrás do último mortik solto… ele precisa ser achado. Encontramos e encurralamos o maldito, que joga uma adaga de prata se rendendo. Eu tenho muita experiência com este tipinho, a lâmina dele que me cortou era muito maior que esta, e tal como um predador ferido ele avança no grupo, mas não é páreo para nossos números.

Ameaça neutralizada, seguimos para a frente da muralha, onde o pessoal se arma e veste cotas de malha. Pela janela do primeiro andar eu fito o maldito cabeça-de-ovo… Já matei um e acho que posso matar outro, mas precisamos nos livrar daquele coiote gigante. O esquadrão Pedra vai para a frente da cidade com um escudo gigantesco. Calango se junta a eles com arco nas laterais. Eu saio pelo portão leste, subindo por uma duna para atacar um dos Tronos, que parece estar se concentrando para lançar um feitiço macabro em nossos companheiros. Um soldado me segue, e ofereço uma das minhas flechas venenosas a ele. Juntos atacamos e o desgraçado parece ser afetado pela substância. Ele volta covardemente para trás das trincheiras.

Eu não consigo ver muita coisa daqui, mas parece que o tal de Aamur que se juntou a nós após Flynn morrer está se arriscando na duna do outro lado. Numa manobra quase suicida ele consegue soterrar o Trono Osmir com alguns soldados numa avalanche de areia negra. Nossos companheiros mais protegidos também parecem estar ajudando com flechas no primeiro andar da Velada. Calango pede para que o escudo gigante recue aos portões. Eu vejo uma explosão distante matando todo o destacamento Pedra, e quando olho para baixo da minha duna vejo o maldito mago arquiteto montado na aberração… é minha chance de acertá-lo. Minha flecha fere o inimigo, mas sem efeito do veneno. Ele comanda um grupo de soldados para me perseguir, chegou a hora de recuar. Bendita hora que eu li aquele feitiço de armadura arcana, algumas flechas me pegam de raspão, mas sigo bem. Corro com o soldado de volta ao portão leste. Parece que meus companheiros não caíram desta vez. O ARKHImancista fica invisível, o que pode ser uma péssima notícia para os dias que seguem nesta guerra. Peço a todos que fiquem atentos, pois nem pegadas eles deixam na areia…

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