A Tragédia e o Velho Absolon

Samuel De Carvalho Hernandez
ARKHI
Published in
5 min readSep 17, 2023

Por: Francisco Navarro (Texto 1) e Rogério Paiva (Texto 2)

Ao perceber que meus companheiros estavam em menor número, tentei me esgueirar pelo corredor cheio de areia, evitando também o terrível verme argênteo que ali espreitava.

Em uma tentativa de convencer o grupo de anões exploradores, Carlos Adão explicou que estava ali em nome de Miguelito, para levar a parte dele do tesouro que eles carregavam. Porém, ao ouvirem este nome, os anões logo se irritaram, quase se lançando em confronto conosco.

Enquanto isso, do lado de fora, Dona Ercina acordava Roren, salvando-o das areias de Lumn. Procurando por abrigo, eles acabaram por entrar na torre, e decidem explorá-la.

Carlos Adão, vendo que estávamos em menor número, faz uma última cartada, ameaçando chamar mais reforços, além de nós três, que já estávamos na sala. Ele assovia, e Dona Ercina e Roren aparecem na porta, para nossa surpresa e alívio.

Ao avaliar os números, o líder dos anões decide resolver o caso de outra forma: eles têm um cubo mágico de cobre, com poderosas runas e sigilos mágicos, e quer que um de nós o teste.

Um pouco desconfiados aceitamos a missão, e Roren começa a manipulá-lo com cuidado. Logo percebemos que o cubo era associado à Nagual, e uma ventania tomou a sala. Roren e Dona Ercina foram dominados pela ventania e começaram a girar como piões pela sala.

Ao perceberem o caos, os anões decidiram atacar! Logo de cara, coloquei quatro deles para dormir, restando apenas dois para acabarmos. Porém logo percebemos que os dois que restaram eram fortes (ou sortudos) o suficiente. Eles desviaram de nossos ataques e acordaram os amigos caídos, e na sequência derrotaram Roren, Dona Ercina e Carlos Adão. Ainda, me deixaram à beira da morte.

Últimos sobreviventes do nosso grupo, Flora e eu ainda tentamos em vão atingi-los, mas agora eles estavam em número muito superior ao nosso. Sem escolha, nos rendemos.

O líder dos anões ainda resolveu nos deixar vivos, porém levaram todos os nossos equipamentos, incluindo meu grimório. Neste momento percebi uma passagem secreta na sala, que eles utilizaram para escapar dali.

Neste momento, tínhamos apenas nossas roupas e os corpos de nossos amigos caídos para nos recompor. Tentei improvisar ataduras para meus ferimentos, quando notei que o cubo que havia começado toda a confusão ainda estava ali, porém quebrado além de qualquer reparo. Ainda assim tentei mais uma vez acioná-lo e ele partir em dois pedaços de vez.

Estava saindo daquele lugar terrível com o que sobrou de uma tocha de nossos inimigos e o corpo sem vida de Carlo Adão, que ainda podia nos ajudar no futuro.

Foi quando percebi que não estávamos mais sozinhos naquele lugar terrível. Três novos aventureiros desciam pelas mesmas escadas que havíamos passado mais cedo.

Eles eram Balamund, Lucim e Zander, e ajudaram a nos recuperar. Logo tínhamos alguns cantis com sangue, porções de carne e tochas (obrigado, companheiros caídos!) para voltarmos a explorar esta torre maldita.

Então seguimos o rastro do grupo de anões, analisando a parede por onde eles saíram, conseguimos abrir esta porta secreta, e seguimos no encalço dos ladrões escada abaixo.

Depois de algum tempo, o rastro deles desapareceu, e nos vimos diante de um corredor e duas portas.

Na primeira encontramos um ser todo torrado pendurado pelos pés em uma corrente presa ao teto, ao nos aproximarmos, o ser logo atacou Balamund, que revidou e o destruiu.

Na próxima porta, encontramos um velho anão cego com um Lagarto de guarda, seu nome é Absolon. Ele nos recebeu amistosamente, e até nos ajudou com o que podia, mesmo depois de seu lagarto tentar nos atacar. Já muito cansados e debilitados, e com o apoio de Absolon, decidimos descansar por ali mesmo, e tudo coreu bem…

Até que ouvimos o som de passos pesados no corredor, vindo em nossa direção…

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As Garras da Morte e o Complexo

Por Dona Ercina e Balmund

Dentro de um construção parcialmente enterrada no deserto de dunas negras um anão, uma halfling e um bruxo negociavam com um grupo de anões saqueadores a possibilidade de aquisição de um baú que continha tesouros. Nesse ínterim a Dona Ercina, Clériga de Mantaro, após perder-se da sua caravana por conta de uma tempestade de areia, encontra-se com Roren, um Clérigo de Zenitar. O clérigo está retomando a consciência e se encontra em frente à construção bizarra.

Dona Ercina ajuda-o a levantar-se e segue junto com o clérigo para a construção. Após engatinhar por caminhos arenosos e escuros, eles se encontram com o grupo que estava negociando com os anões. As facções chegaram num acordo onde o os anões exigiram que o outro grupo investigasse um estranho artefato, semelhante a um pequeno cubo, para eles. Roren se apresentou para ajudar e começou a mexer no cubo. Subitamente algo foi ativado no artefato e uma rajada de vente impeliu pela sala e paralisou alguns do grupo inicial, enquanto que os anões pegaram em armas para lutar.

Ocorreu um violento confronte onde o grupo de aventureiros perdeu a Dona Ercina, o Roren e o Carlos Adão para as garras da morte e os sobreviventes foram subjugados pelos anões, restando apenas a pequena Flora e o bruxo Kendrick. Eles tivreram suas vidas poupadas mas foram saqueados pelos anões e largados à mingua na masmorra. Os anões fugiram por uma porta secreta que existia na sala.

Após alguns minutos chegaram na construção três andarilhos que estavam tentado a sorte no deserto. Eram o Balmund, o Zóio de Cabra e o Zander. Eles se juntaram á pequenina e ao bruxo e os apoiaram na empreitada. O grupo carneou o Carlos Adão para terem o que beber e comer e, em seguida, partiram pelo caminho em que os anões saíram.

Caminhando por um corredor o grupo encontrou duas portas, uma esquerda e uma mais à frente à direita. Na primeira sala o grupo encontrou apenas um corpo carbonizado pendurado por ganchos que aparentemente era de alguém que estava vivo. Após tentar acabar com o sofrimento da criatura carbonizada, Balmund foi mordido por ela. Imbuído por fúria, ele a espancou até à morte. Em seguida o grupo partiu para outra sala em que o Zóio de Cabra forçou a porta com um chute. Na sala encontrava-se um velho anão cego segurando um lagarto gigante na coleira. O velho mostrou-se de boa vontade e ofereceu os seus aposentos (uma sala) para o grupo descansar. De súbito o lagarto soltou-se da coleira e abocanhou o Zóio de Cabra. Após um pequeno alvoroço o animal foi contido. Em seguida o grupo recolheu-se para descansar quando, após algumas horas, alguém bate na porta da sala…

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