Fogo Impuro

Samuel De Carvalho Hernandez
ARKHI
Published in
7 min readSep 18, 2023

Por: Marcelo Kraven (Texto 1) - Samuel Hernandez ( Texto 2)- Luis Oliveira (Texto 3)

Nossa aventura começa com a desordem se alastrando nas fileiras dos Arkhimancistas. Graças a bênção de Nagual a tempestade foi destruída e os inimigos foram atrasados.

Sankar se prepara para retornar a cidade Velada quando se encontra com um viajante chamado Silas. As apresentações não duram muito por causa de uma reação do Yeldra, ele parece muito aflito. Sem pestanejar Sankar e o novo amigo sobem no Yeldra e partem a tempo de perceber o grande leão branco que os persegue.

A besta dos Mortiks mostra suas garras e presas, e Sankar acelera o Yeldra ao limite de sua velocidade. Uma batalha se inicia, com Silas arremessando pedras da sua funda e Sankar improvisando uma corda presa a sua lança de Jade para arremessá-la a criatura faminta.

Enquanto isso na cidade velada Izmyr resolve ir atrás dos sábios que os acompanhavam na caravana até a cidade, pois queria saber mais sobre uma varinha entregar aos sábios para ser identificada. Ele passa por um homem preparando ânforas de óleo para a batalha, pega uma, e vai ao encontro do sábio. O sábio hesita antes de falar, mas informa que a varinha é impura, que ela solta magias de fogo. Tudo muda depois dessa informação.

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A Guerra começou de Fato.

Texto 2

O Grupo Pluma Negra enfrenta ás portas da cidade velada um exérito enorme que chega violentamente ao front. 2 Serpentes Gigantes, 12 Leões Brancos, 12 Generais Mortiks, 40 Soldados do Império e 3 ARKHImancistas.

A Batalha começa com uma das serpentes sendo paralisada por um ataque envenenado com a cera branca de Pássaros da Morte Alva. Mísseis Mágicos de Pura Luz Destroem a outra serpente enquanto a batalha dos leões se inicia. Os leões destroçam vários Yeldras da Cavalaria Jaonida mas no contra-ataque acabam paralisados ou separados de seus senhores.

Mais uma leva de ataques começa, os leões soltos acabam por atacar seus senhores enquanto o batalhão do exército inimigo ataca os capitães e os leões revoltosos. Sangue espalhado e vento levanto a a todas as partes o desespero, a dor, a morte e o ódio.

Os ARKHImancistas exasperados pela baixa em seus batalhões avançam montados em seus Yeldas da Noite e Conjuram 2 Elementais Gigantescos. O elemental do AR tenta derrubar a duna nos soldados enquanto a monstruosidade de fogo incendeia soldados e yeldras. O desespero começa a tomar conta do grupo mas Izmir, seguro e determina flutua em posição de lotus na direção dos magos-arquitetos.

Sankar e seus Yeldras aguenta o tranco da cavalaria e começa a se preparar para retornar à cidade velada depois do ataque do Gigante Elemental Incendiário. Mohammed, responsável por fazer os leões mudarem de lado pensa na fuga eminente. Saco de Carne e Silas na artilharia são alvejados pelo batalhão mas resistem.

Vários dos leões caem por cima das serpentes e dos generais e Izmir continua flutuando coberto por Plumas Negras e quando o desespero explode no coração e na mente de cada soldado uma rajada de fogo avassaladora incendeia os magos e suas montarias, surpreendendo e aniquilando com 2 deles.

Os filhos da Jaon urram e berram ampliando a vontade e a moral dos defensores e assistem os elementais conjurados voltando-se contra o ultimos Marechal-das-Estrelas ainda vivo. Continua no próximo episódio!

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A primeira batalha da Cidade Velada

Texto 3

O vento rugia e assobiava às minhas costas conforme cavalgava de volta à Cidade Velada, os vagões dos Arkhimancistas sendo arremessados ao ar, sob o sopro furioso de Nagual. No meu caminho, uma sombra quase passa despercebida em meio às dunas. Um errante, claramente um Lukaresh, vagando sozinho e aparentemente perdido. “Não se nega ajuda a um irmão” diriam as tradições dos anciãos e eu o ajudo a subir no yeldra, para fugir da tempestade que ainda varre o deserto atrás de nós.

Seu nome era Silas e ele havia se separado de seu grupo em meio ao avanço do exército inimigo. Procurando abrigo e proteção na Cidade Velada, ele agora se juntava a nós neste momento decisivo.

A viagem de volta não foi fácil, pois embora o Senhor dos Ventos tenha nos comprado algum tempo, o deserto de Lumn oferece muitos outros perigos que os nossos adversários. Um enorme leão branco nos atacou, saltando detrás de uma duna. Não fosse o yeldra, teríamos sido abocanhados, mas Maameel correu como o próprio vento, com a besta em nosso encalço. Com a ajuda de Silas, que acossou o leão usando minha lança como um arpão, conseguimos mantê-lo afastado tempo o suficiente para que chegássemos à linha de soldados da Cidade Velada e a fera foi abatida pelos arqueiros.

Reunidos com nossos companheiros, começamos a nos preparar. Os alquimistas preparavam óleo de fogo e artifícios de sua arte secreta, os feiticeiros meditavam sobre os poderes do mundo invisível, enquanto nós, homens de carne e sangue, reunimo-nos em batalhões. A mim foi concedida as tropas montadas em yeldras, às quais comecei a distribuir os arcos e flechas, banhados pelo sangue paralisante das mortes-alvas.

Enquanto nos colocávamos em posição, o fragor da tempestade diminuiu e vimos que as tropas inimigas se recuperavam do choque trazido pelo vento de Nagual. Seu avanço era como a abertura dos próprios portões do inferno, vomitando abominações sobre o mundo da luz. Capitães de quatro braços carregavam leões brancos em correntes, prontos a dilacerar nossas tropas. Em sua vanguarda, duas serpentes crescidas a um tamanho gigantesco, graças a alguma feitiçaria profana. E atrás dos batalhões de soldados, montados em seus palanquins sobre yeldras da noite, Três Arkhimancistas munidos de poderes além de nossa compreensão.

A hora havia chegado.

A Grande Batalha de Nosso Tempo.

Os primeiros a provar o sangue naquele dia fomos nós, os Lukaresh, quando minha companhia montada em nossos fiéis yeldras, avançou em carga contra as serpentes da noite. Graças às flechas embebidas no sangue da morte-alva, conseguimos derrubar um dos monstros, paralisado, enquanto a outra serpente foi morta por relâmpagos, certamente conjurados por nossos feiticeiros.

Saco-de-carne e Silas comandaram os pelotões de arqueiros, alguns também munidos com flechas paralisantes, e a morte choveu dos céus sobre os leões brancos, que já se aproximavam da minha cavalaria. Nossa carga ficou mais lenta conforme nos enveredamos pelo meio dos inimigos, mas um a um nossos arcos silvaram e nossas flechas cantaram sua canção de fúria sobre os generais de quatro braços, embora o sangue de nossos yeldras tenha sido vertido junto na areia.

E então a infantaria estava em cima de nós, lanceiros de armadura negra nos cercaram e senti a mordida de suas armas em minha carne. Mas não estávamos sozinhos, pois nessa hora Malkuth avançou com sua parede de lanças e o brado de seus guerreiros empurrou os leões contra seus próprios mestres, paralisados ou feridos por nossas flechas.

A infantaria inimiga não resistiria muito tempo ao avanço de nossas lanças e aos seus próprios leões desgovernados e por um momento minhas esperanças cresceram, pois a vitória parecia próxima.

Mas os Arkhimancistas não se abalaram e em seu silêncio eles planejavam nossa ruína. Um fragor percorreu o campo de batalha quando ergueram finalmente suas vozes, vozes velhas e mortas, de coisas que não deveriam mais existir no mundo embaixo do sol. O ar se rasgou ao seu redor e vomitou para fora dois horrores do Vazio entre as estrelas.

O primeiro era como um turbilhão de vento que agitou as areias numa borrasca negra. As dunas vergaram e ameaçaram ruir ante sua presença. O segundo, um pilar de fogo vivo que se moveu contra nós num rugido de mil fornalhas. Caiu sobre um dos meus homens e seu corpo acendeu-se como um braseiro, os gritos de horror e agonia enchendo o ar.

Era o fim. Carne e sangue podem ser mortos, mas com que armas pode um homem enfrentar tais horrores? Fiz uma prece a Nagual enquanto me preparava para recuar.

E então um estrondo quase me derrubou do yeldra. No passo entre as dunas, onde os Arkhimancistas nos encaravam, um cometa de fogo desceu das alturas numa conflagração explosiva. Dois arkhimancistas foram engolfados pelas chamas e viraram nada mais que cinzas, enquanto o terceiro, gritando desesperado começou a ser atacado pelas duas abominações que conjurara.

Teria um feitiço dado errado? Teriam os deuses sombrios que os arkhimancistas veneram erguido-se contra seus servos? Ou haveria um outro Poder em ação nessa batalha?

Não há tempo para descobrir, há feridos para serem protegidos e inimigos a se derrotar. A vitória ainda está longe de ser ganha…

Izmyr está morto. Consumido pelas chamas. Silêncio.

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