Por Água Abaixo

Gabriela Gouvêa
ARKHI
Published in
2 min readJul 11, 2024

Por: Gareb, o Feio (Túlio)

Dia 322 de Lumn

Começo meu dia gritando para os habitantes do meu querido acampamento. Precisamos achar o Pináculo Memorial. Junto a mim aparecem mais dois desocupados, a dupla Poca & Merreca. O anão e o pequeno parecem dispostos a me ajudar. Sangue fresco é bom, mas será que eles possuem a paciência de um plomeriel? Mais adiante, encontramos Álamo, um glomniano disposto a dividir os perrengues, desde que receba uma parte igual de algum possível tesouro.

Digo para sairmos no portão sul, contornamos pelas montanhas castanhas centrais até que um monumento nunca antes visto por mim se apresenta. Uma estátua com 3 jaonidas assassinando 3 castanhos. Sua base parece se destacar do chão, e uma adaga de pedra castanha é segurada pela mão de um dos jaonidas. Com muita cautela, peço para que Merreca e Álamo vejam esta adaga. Parece que ela tem um encaixe em algumas das estátuas. Álamo enfia no peito do castanho e um portal roxo se materializa no chão. Será que entramos? Meu instinto de sobrevivência me fez chegar até aqui, e ele diz para que nos atentemos ao plano inicial: o Pináculo Memorial. Talvez pelo calor extremo eu tenha cedido, pois acabo decidindo mergulhar junto com o grupo.

Por uns instantes minha mente é apagada. Tudo fica confuso. Quando acordo, vejo que estou dentro de água!!!! Eu não sei voar na água como os pássaros voam no céu. Lá embaixo, 3 lagartos gigantescos com dentes afiados rondam. Aparentemente não fomos percebidos. Uso todo meu conhecimento arcano e coloco os 3 para dormir. A pressão da água na minha cabeça é enorme. Nunca pensei que ela poderia me machucar.

Seguro minha respiração e dou todo impulso possível para uma manivela no fundo desta torre invertida cheia de água. Sim, eu também duvidaria desta informação. Meus olhos doem e meu nariz sangra, enquanto o limo verde da parede parece nadar em direção ao sangue dos lagartos que estão sendo finalizados pelos meus companheiros. Eu consigo abrir a manivela e toda a água verte por um segundo cano. Merreca consegue se segurar, mas Álamo e Poca se vão. Eu realmente espero que estejam bem, mas não passei por tanta coisa para morrer como um monte de bosta boiando na água. Vejo que ao lado da manivela há um portal parecido com o que entramos e me jogo com Merreca nele.

Eu já enfrentei bizarrices como pedras maldição-cabelo e um diabo branco mago, fiquei cara a cara com uma espécie de lobo-homem encharcado de sangue segurando apenas uma adaga e uma tocha. Já matei DOIS ARKHImancistas. Acho que nunca temi tanto minha vida quanto hoje. Fica a lição: anões e pequeninos tem a paciência tão curta quanto suas pernas. Continuarei buscando o Pináculo, assim que curar minhas feridas…”

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