Um brinde ao Morto

Samuel De Carvalho Hernandez
ARKHI
Published in
2 min readOct 6, 2023

Por: Samuel Hernandez

O Esquadrão Pluma Negra invade violentando os espaços de desalento das nações jaônicas. A dinâmica derrotada dos povos castigados pela presença grave e escura dos arquitetos consome e comprime os espaços mais óbvios de aprendizado. Nesses tempos de desabrigo assombroso, à guerra incumbe os incautos de aconselhar os sábios, revertendo suas posições no tabuleiro e dando aos jovens-corajosos a missão de navegar no controle das estruturas de poder.

Um brinde e uma canção — um sorriso e um vento macabro trazem no movimento ligeiro de uma seta, a chama escura daquilo que observa, que trama, a paralisia dos rubros e o avanço das tropas assassinas. Uma seta crava o desassossego em meio às luzes doiradas da glória ainda morna. O grupo comemora o feito, assombrado pelo estigma, perfurado pela urgência hipertensa das decisões de guerra.

Criaturas do invisível, conspurcam a claridade prateada dos salões velados e avançam sobre os líderes dos batalhões. Um suspenso aflitivo e dois dos melhores caem. Á luz da proteção Rasmûnica um inexperiente clérigo evita o fim-ultimo dos heróis-esmorecidos pela investida indômita. O Chefe dos Esquadrões-Mendicantes, anão celebrado e conhecido Saco de Carne repousa agora, para sempre. Sankar viaja entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, retornando ao solo puxado pela fé magnética e pela luz dos sábios.

O grupo decide contrariar o caminho natural dos viventes, procurando desafiar à morte como se exaltando o seu renegado direito de viver e de morrer em paz.

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