Mulheres contra Bolsonaro
Com uma tonalidade de Marcha da Família com Deus pela Liberdade as ruas das capitais recebem diversas manifestações de cunho fascista com direito a saudação nazista e boneco de líder fascista de 2018, passar por lá e se dizer contra é assinar o próprio atestado de morte, já que aqui no Brasil ou você é a favor de candidato X ou candidato Y. Em contrapartida outros grupos antifascistas declarados ou simplesmente pessoas pensantes estão se organizando, indo para as ruas e manifestando em confronto à ideias da extrema-direita.
Mulheres na luta popular
Recentemente surgiu nas redes sociais um grupo composto exclusivamente por mulheres, o grupo chega a quase 500 mil envolvidos e ultrapassa os 400 mil seguidores de Bolsonaro no Twitter que são robôs; Surgiu também através de conversas no mesmo grupo a proposta para o evento que ocorrerá no próximo dia 29 de setembro, de ideologia pluripartidária acoplando diferentes posições políticas em prol da democracia.
O manifesto que conta não apenas com mulheres da capital paulista (local onde ocorrerá o evento) mas também com mulheres de todo o Brasil e algumas partes do mundo luta contra avanço e fortalecimento do machismo no Brasil, além da homofobia e racismo praticados pelo presidenciável Jair Bolsonaro.
Dados alarmantes
No Brasil a Lei do Feminicídio existe desde 2015 e estabelece que quando o homicídio é cometido contra uma mulher a pena é maior; Já que o dito crime passional era um termo para romantizar o assassino.
De acordo com o MDH (Ministério dos Direitos Humanos), de janeiro de a julho de 2018 o Ligue 180 registrou 27 feminicídios, 51 homicídios, 547 tentativas de feminicídios e 118 tentativas de homicídios; No mesmo período, os relatos de violência chegaram a 79.661, sendo os maiores números referentes à violência física (37.396) e violência psicológica (26.527).
Em nota publicada pela ONU, segundo a OMS o Brasil tem a taxa de feminicídios de 4,8 para 100 mil mulheres, a quinta maior no mundo; Em 2015, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.
Acreditamos que este cenário que em princípio nos atormenta pelas ameaças as nossas conquistas e direitos é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres. Esta é uma grande oportunidade de união! De reconhecimento da nossa força!
O reconhecimento da força da união de nós mulheres pode direcionar o futuro deste país! Bem-vindas aquelas que se identificam com o crescimento deste movimento.
Trecho extraído do grupo Mulheres contra Bolsonaro
Fascismo a la brasileira
Na Alemanha, qualquer manifestação ou apologia ligada ao governo nazista é de grande vergonha para os próprios alemães; Na Italia, Mussolini foi morto e exposto como um porco; Na Europa inteira haviam grupos caçando fascistas. Em contrapartida, no Brasil, os ditadores dão nome a escolas, ruas e grandes avenidas, rostos de ditadores são estampados em camisetas onde desfilam livremente durante os “protestos” da extrema-direita.
A nova geração que diz entender de política mas não tem sequer 1 ano de registro na carteira de trabalho deveria se esforçar um pouco mais, a sorte é que aqui seus ídolos não foram caçados e pendurados de ponta-cabeça, não foram muito menos julgados pelos crimes cometidos durante décadas; A sorte dessa geração é que (ainda) não há um movimento tão forte como existiu na Europa.
O constante discurso de ódio presente nas falas do candidato Jair Bolsonaro atingiu, negros, mulheres e LGBTs, a união do povo que por ele mesmo chamado de "minoria" é a resposta e ação direta não só contra o fascismo do candidato, mas contra toda a corja que a pratica há anos aqui no Brasil; É necessário informar e instruir o povo, é necessário também que tudo isso chegue também nas periferias pois a falta de informação tem criado fascistas por todos os cantos possíveis.
Acompanhe a página Mulheres unidas contra Bolsonaro, vá ao evento e participe do grupo
