Polarização Política e a falsa democracia

Gabriel
Arquibancada Antifa
4 min readAug 3, 2018

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Nas ultimas eleições presidenciais ficou mais do que claro a polarização política e a necessidade do surgimento e fortificação de partidos considerados menores no jogo eleitoral; Depois do processo democrático, partindo de 89 para cá (já que Tancredo e Maluf em 85 na Nova República numa disputa eleitoral não tem nem o que dizer) a disputa sempre foi entre os mesmos partidos ou alianças, considere como Azul vs Vermelho. Para nossa felicidade (ou não) em 2018 isso foi quebrado, além dos tradicionais PT (ainda não confirmado) e PSDB, surge nessa edição o PSL.
Talvez nessas eleições seja quebrado o tabu da polarização, porém da pior forma, nossas opções de voto são possivelmente das piores, segue lista:

  • Um candidato que não larga o osso e por sinal está preso;
  • Um que está da política paulista há quase 3 décadas e não fez porra nenhuma por São Paulo;
  • Um coronel oligarca;
  • Uma candidata chove e não molha (talvez por conta da mídia ou ausência dela em sua vida política);
  • Dois esquerdistas de apartamento que sequer são de esquerda mesmo;
  • Um banqueiro;
  • Um fascista com um bando de seguidores que parecem crianças mimadas;
  • Um democrata cristão sem porra nenhuma na política

Make the Brazil great again

Um trecho do artigo Political Polarization in the American Public de Morris P. Fiorina e Samuel J. Abrams deixa bem claro o que acontece na política brasileira, por mais o estudo levantando trata-se dos EUA, é claramente notável que se aplique no Brasil também:

A narrativa da guerra cultural surgiu de argumentos sobre visões morais conflitantes e especialmente argumentou que, os americanos cada vez mais foram divididos em dois campos de valores: os culturalmente ortodoxos, que possuem um visão tradicional, religiosa e absolutista da moralidade, e os culturalmente progressistas, que possuem um visão moderna, secular e relativista da moralidade. Por sua vez, esses sistemas de valores diferentes é um terreno fértil para a polarização política e batalhas sobre questões culturais específicas como o aborto e os direitos dos homossexuais

Há sempre a apelação e apontamento para as ideologias de esquerda e direita e isso os EUA soube aproveitar muito bem durante a Guerra Fria com a propaganda, queria invadir algum lugar? Era só dizer que tinha comunistas lá; Queria descreditar alguém? Era só dizer que era comunista; Queria derrubar o presidente e criar um golpe militar? Era só dizer que estavam dando o país de graça para os comunistas (Jango que o diga).

Democracia ou Aristocracia?

Se for parar e analisar a fundo, desde 85 com o fim da ditadura já iniciávamos a democracia com uma disputa entre Tancredo e Maluf; Tancredo sequer trajou a faixa presidencial, já que veio a falecer antes disso deixando o cargo com o então vice José Sarney, daí pra frente a jovem democracia brasileira que começara a engatinhar sequer ficou de pé e andou; É claro, se formos ver o termo ao pé da letra: “governo em que o povo exerce a soberania”, exercemos para escolher, mas durante os quatro anos de mandato o que se vê é o aristocratismo.

Na guerrilha de bancada quem toma tiro é o povo

Nessa guerrilha de bancada dentro do senado entre direita e esquerda e o surgimento de um novo nome na corrida presidencial; Além da nova moda do final da década, a disseminação de fake news e a incapacidade de utilizar a internet para informação a respeito dos candidatos, quem paga é o povo; E isso não se aplica apenas para a corrida presidencial, nomes como Aécio Neves surgem novamente para a disputa da vaga de deputado federal e Anthony Garotinho como candidato a governador do Rio de Janeiro. Se estivéssemos em 60 seria até justificável errar na escolha do candidato por falta de informação, indiscutivelmente cometer esse erro em pleno século XXI pode vir a ser inaceitável, já que existem tantas ferramentas, meios e informações a respeito da política no geral; Separamos uma pequena lista com ferramentas que possibilitam a monitoria dos candidatos:

Dados Abertos da Câmara
https://dadosabertos.camara.leg.br/

Monitora Brasil
https://monitorabrasil.org/

AKAN — Consciência Orçamentária
http://visualizemobile.github.io/akan/

InfoJá
https://play.google.com/store/apps/details?id=zimmermann.larissa.legislativoapp

Operação Serenata de Amor
https://serenata.ai/

Atlas Político
http://www.atlaspolitico.com.br/

A Nova Voz
http://www.anovavoz.com.br/

Chapéu Eleitoral
https://chrome.google.com/webstore/detail/chap%C3%A9u-eleitoral/mmbpbfpoboihfmgpijdhfaccbenacbil

Vigie Aqui
http://www.vigieaqui.com.br/

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