Documentário: Ajusto-me a mim, não ao mundo

Amanda Sampaio
art.emisia
Published in
2 min readJun 13, 2019

Por muito tempo as mulheres tiveram seus lugares decididos por terceiros, foram impedidas de seguir seus próprios passos e viver suas vidas. Oprimidas, humilhadas e privadas de seus direitos tiveram que lutar arduamente por cada pequena conquista que tiveram nos últimos anos.

O direito ao voto, ao trabalho, de escolherem seus próprios companheiros, entre muitas outras coisas, principalmente o rompimento de alguns costumes tradicionalistas que em séculos anteriores foram barreiras definidoras para essas mulheres.

Barreiras essas que apesar de toda a luta e as mudanças que dela são frutos, ainda não deixaram de existir, e têm mantido as mulheres reféns de uma sociedade machista, onde precisam se reafirmar diariamente e brigarem por seu espaço.

Provarem serem capazes e merecerem respeito, não serem um objeto para satisfação masculina ou responsável pelo comprimento das atividades familiares e domésticas.

Cena do documentário

Uma sociedade para a qual precisam justificar cada uma de suas escolhas e serem contraídas do benefício de cada uma delas, porque “ser mãe e esposa é uma dádiva, uma realização incrível e que toda mulher deve ter”, mesmo que ela não queira.

Que as mata e violenta, tendo ainda a coragem de responsabilizadas por esses atos horrendos… Um ambiente hostil, que lhes causa medo e faz com que se sintam estrangeiras, indesejadas.

Vista da Praça Rui Barbosa

E é por isso que o documentário “Ajusto-me a mim, não ao mundo”, dirigido por três mulheres, estudantes de jornalismo, traz uma narrativa construída para debater o espaço da mulher, a permanência do machismo e apresentar a história de uma mulher de liderança, que encontrou e trilhou seu próprio caminho, em uma luta cotidiana, cheia de força e perseverança.

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