Obra Abaporu de Tarsila do Amaral. (Foto: Reprodução: Wikipedia)

Busca pela elevação da identidade nacional

Artes modernistas da pintora Tarsila do Amaral revolucionam a cultura brasileira.

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ARTE e DESIGN
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4 min readOct 7, 2021

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Tarsila do Amaral nasceu em primeiro de setembro de mil oitocentos e oitenta e seis, no município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Estudou em um colégio de freira chamado SION e depois estudou no colégio Sacré-coeur em Barcelona. Em mil novecentos e vinte e seis, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com opiniões bem favoráveis a ela. Já no Brasil, sua primeira Exposição foi em mil novecentos e vinte e nove, com certas divergências de opinião, pois no país a maioria não entendia sua arte. Participou das reuniões do Partido Comunista Brasileiro em mil novecentos e trinta e um e foi presa durante um mês. Mil novecentos e trinta e três, em que pintou a obra “Operário” e foi bem expressiva pela ideia social no Brasil. “Segunda Classe” foi outra tela importante nesse assunto social. Trabalhou como colunista no Jornal Associados do Chateaubriand de mil e novecentos e trinta e seis até meados de mil e novecentos e cinquenta. Participou também da Bienal de São Paulo em mil e novecentos e cinquenta e um.

A principal obra produzida por Tarsila do Amaral foi denominada como “Abaporu”, esse nome é de origem tupi-guarani que significa “homem que come gente”. Esse quadro é considerado um dos mais famosos do Brasil e é considerado o mais valioso do território nacional, com valor estimado em quarenta milhões de dólares. Em cinco de abril de dois mil e dezenove, foi exposto pela primeira vez no Museu de Arte de São Paulo (MASP). De acordo com a sobrinha-neta da artista, Tarsilinha do Amaral, era seu sonho que o quadro fosse exposto no local. A técnica utilizada na obra foi pintura em óleo sobre tela, com uma combinação de cores que faz alusão a bandeira do Brasil, gerando o sentimento de representatividade nacional característico das obras da autora. Ela busca através da paisagem com cores fortes, com o sol e um cacto, retratar a realidade brasileira para dar origem a uma nova cultura transformada, moderna e representativa da nossa cultura. A pintura do quadro “Abaporu” possui um caráter anti-humano característico do movimento da época, em que a pessoa está com o rosto descaracterizado, com um corpo animalesco, a cabeça pequena, braços e pés imensos, esses são elementos que representam a ausência de trabalho teórico e a abundância do trabalho físico, que era o trabalho que a grande maioria da sociedade brasileira realizava na época em que a pintura foi produzida. Sua produção foi realizada em Janeiro de mil novecentos e vinte e oito, em paralelo com o movimento de Revolução Industrial no Brasil, que justifica com que a maioria da população realizasse trabalhos à mão.

No livro [A transfiguração do lugar-comum], os fatos do mundo da arte possibilitaram as reflexões filosóficas presentes neste, mostrando como o conceito de arte e do belo é relativo e necessário. Duchamp é o primeiro artista quando devemos nos referir aos episódios artísticos descritos de forma magnífica pelo livro. Ele foi o primeiro na história da arte a realizar o sutil milagre de transformar objetos de Lebenswelt (termo filosófico em alemão que significa mundo vivo) cotidiano em obras de arte, demonstrando que até mesmo pequenos objetos podem se tornar arte, podendo sempre haver descobertas de algum tipo de beleza onde menos se espera. Uma frase do prefácio que exemplifica muito bem o caráter impopular da arte, abordado em uma das aulas de Arte e Design é: “objetos transfigurados estivessem tão imersos na banalidade que seu potencial para a contemplação estética permaneceria inacessível ao escrutínio mesmo depois da metamorfose”, contribuição do artista Andy Warhol.

A arte, antes de tudo, ela é transformadora. Transformam pessoas, lugares, objetos, ideias e tem o poder do conhecimento. A busca pela mesma nos faz ter consciência e pensamento crítico em volta de toda uma sociedade. ‘’Temos a arte para não morrer de verdade’’ frase dita pelo Friedrich Nietzsche, filósofo e crítico cultural. Esclarecendo o que queremos dizer: precisamos da arte, seja qual for para não morrermos. A arte é importante para nossas vidas. Sem ela, a maioria dos nossos pensamentos críticos não existiria em um modo geral.

Compreender o que a arte quer passar, principalmente nas telas, não é fácil. É uma missão um tanto desafiadora. Precisa de estudos, dedicação e conhecimento. Nas obras de Tarsila do Amaral isso se torna mais fácil pela trajetória da sua vida. Participante de movimentos sociais e de partidos, sua obra se torna mais clara para quem a admira. Seu aspecto de obra tem muito a ver do social, das classes menos favorecidas e isso é evidente através de suas obras.

Do outro lado da arte, especificamente a teatral, tem a questão de facilidade de ser compreendida pelos humanos por usarem uma linguagem visual, dando uma simplicidade maior ao espetáculo. Entretanto, a produção por trás disso não é fácil. Existem muitas pessoas que trabalham arduamente para que uma peça aconteça de forma segura e autêntica. Começa do segurança na frente do teatro a artistas que dão vida aos personagens. Ser telespectador desta arte é dar atenção a cultura do país e se envolver nela dando o apoio e atenção.

Fontes:

http://tarsiladoamaral.com.br/biografia/

. https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/abaporu-de-tarsila-do-amaral/

Por: Klara Argento Rsaracista Saracista

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