Tropicália: A Revolução Imortalizada pela Música.

LUCAS HENRIQUE LOVATEL GEIA
Arte em Debate
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2 min readFeb 18, 2021
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Existe muito a se discutir do que foi a Tropicália, seus artistas envolvidos e contexto histórico. A arte, como bem sabemos, serviu para a humanidade ao longo dos séculos como uma ferramenta de diversos usos e interpretações. A professora Lucia Santaella (2012), em seu livro “Leitura de Imagens”, interpreta a própria arte como fenômeno, não podendo ter uma definição universal. Entretanto, no caso da Tropicália, a arte pode ser facilmente interpretada como um objeto de estudo sociológico em que, abordando os aspectos da cultura nacional, teve papel fundamental como simbologia de uma luta pela liberdade.

Mesmo com os tons de alegria, clima de festas e a valorização da cultura brasileira, as músicas da Tropicália ainda possuíam seus significados e críticas à Ditadura Militar. O período foi marcado por diversas censuras ou, em outras palavras, proibições. Não demorou para que Caetano Veloso (1968), um dos grandes nomes do movimento, lançasse uma de suas músicas mais carregadas de história: É proibido proibir, que fazia uma denúncia explicita à censura. Entretanto, como qualquer revolução, a sociedade apresenta uma resposta mesmo que, as vezes, com rejeição. Foi o caso da apresentação seguinte, que originou um dos eventos mais marcantes da Tropicália com o discurso de Caetano:

Por outro lado, e ninguém pode negar, a música do Tropicalismo se eternizou no Brasil -tendo ela uma rejeição inicial ou não-. Diversas outras músicas ficaram marcadas na história e representam o período. Mais um exemplo, seguindo o trabalho de Caetano, é a própria “Tropicália” (1968). A música ainda faz sucesso e, em shows, é apresentada pelo músico, como no caso ao lado, em que apresenta junto com Gilberto Gil -outro nome popular da Tropicália e amigo de longa data de Caetano-.

A música da época foi revolucionaria, quebrou padrões da época e surpreendeu a todos. Um dos registros audiovisuais mais representativos do nascimento da Tropicália foi, em 1967, o Festival Record. Gilberto Gil, junto com Os Mutantes (terceiro nome popular do movimento), apresentou a música “Domingo no Parque”. A alegria dos músicos e a emoção gerada no lugar surpreendeu a todos. Assim, dava inicio ao movimento que, posteriormente, seria de extrema importância para a história do Brasil: A Tropicália.

REFERÊNCIAS:

SANTAELLA, Lucia. Leitura de Imagens: Como eu ensino. Editora Melhoramentos, 2012.

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LUCAS HENRIQUE LOVATEL GEIA
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Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora