Como melhorar a gestão financeira do seu negócio: 4 dicas essenciais

Arithmos Contabilidade
Arithmos
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4 min readFeb 15, 2018

Apesar de o Governo Federal acenar que a crise financeira já se foi, muitos empreendimentos ainda estão vivendo dramas que podem levar à falência do negócio.

Afinal, o Brasil anda caminhando em marcha ré há cerca de três anos e de lá para cá empresas viram suas receitas despencarem, o encarecimento de insumos, gastos trabalhistas, dentre outros obstáculos.

No entanto, é possível consertar as coisas. Confira 4 dicas que podem contribuir para uma melhor gestão financeira, que vai ajudar a arrumar as contas da empresa e segurar as pontas até que a economia realmente volte a andar para frente.

Gestão financeira

Seja em tempos de crise ou em período de bonança, controle financeiro é fundamental para que um empreendimento se sustente.

Daí é essencial ter a exata noção de todos os gastos, desde o pó para passar o cafezinho da copa ao insumos e componentes essenciais para manufatura de produtos ou serviços.

Tudo deve ser gerenciado. Estoque de materiais, previsão de consumo, reposição, contratos de fornecedores são alguns itens que devem constar nas planilhas de gasto.

Com o faturamento, o cuidado deve ser o mesmo. É fundamental ter total controle de todo o dinheiro que entra em caixa. Verificar constantemente as vigências de contratos com cliente, antecipar processos de renovações, organizar datas de recebimento dão um panorama do faturamento em curto e médio prazo.

Estes controles ainda permitem que a gestão financeira possa planejar e antecipar problemas, considerando possíveis cancelamentos por exemplo, com a finalidade de fornecer cenários otimistas, neutros e pessimistas.

Planejamento Financeiro

Quando se sabe quanto, quando e como a empresa irá faturar, é possível ter uma ideia de quanto dinheiro irá sobrar para possíveis investimentos ou quais serão as medidas a serem tomadas para evitar contratação de empréstimos para manter as contas em dia.

Dessa forma é fundamental elencar todos os custos fixos e variáveis da empresa. Os fixos são aqueles como tributos, impostos, salários, encargos sociais, benefícios e taxas. Para esses gastos não pode faltar recursos, pois o não cumprimento acarretará em multas e mais gastos.

Já os custos variáveis são aqueles, como o nome indica, sofrem variação durante o mês, como insumos, ingredientes, peças ou, componentes que fazem parte da produção.

Dependendo da demanda estes custos podem ser maiores ou menores. Daí é necessário fazer uma previsão sazonal para ter uma noção do aumento ou queda de demanda por período, para evitar aquisição acima ou abaixo do necessário.

E mesmo que seja necessário tomar um empréstimo, é preciso ter gestão financeira rigorosa para que este dinheiro seja suficiente para sanar as pendências e que as parcelas não comprometam ainda mais o fluxo de caixa do negócio.

Onde economizar

Falando assim parece simples, mas sabemos que apertar o cinto não é fácil na vida pessoal e, muito menos, em uma empresa.

No entanto, quando se trata de um empreendimento é preciso ser assertivo para manter o negócio funcionando perfeitamente, mesmo em tempos de crise. A empresa que tem uma boa gestão financeira9, faz a sua previsão de faturamento e sabe quanto irá gastar. No entanto, em cenários recessivos é sempre preciso economizar.

Nessa hora é que muitas empresas apelam para aquela “economia de palito”, como: postergar a substituição do purificador de água, trocar o papel higiênico por outro mais barato- mas de qualidade inferior, diluir o sabonete líquido para render mais, desligar o ar-condicionado e outras ações que, no final do mês não trazem economia e sim, dor de cabeça e, até mesmo, podem gerar outros gastos.

Isso mesmo, gastos. Pois essas medidas, além de gerarem insatisfações podem trazer um ambiente insalubre e comprometer a saúde dos colaboradores. Apenas exemplificando, um filtro de água ineficiente pode propiciar o desenvolvimento de infecções estomacais, assim como material de higiene precário também pode levar os funcionários a terem algum tipo de problema de saúde.

O resultado é o trabalhador afastado, prejudicando a produtividade. Assim como gasto com horas extras para os demais colaboradores que terão que suprir a ausência do colega.

Os ajustes para cortar gastos devem ser feitos de forma estratégica, pensando no curto, médio e longo prazo, em questões que não afetem a produtividade da empresa.

Não que a empresa deva manter seu padrão de consumo, mas os cortes precisam ser feitos em gastos realmente supérfluos, que podem ir desde as confraternizações rotineiras, a troca de lâmpadas por outras de menor consumo ou escolha de novos fornecedores de insumos e serviços

Renegociar os contratos com fornecedores, fazer pesquisa de mercado para encontrar produtos, insumos e serviços que ofereçam a mesma qualidade, mas com preços mais atraentes. Entre outras tantas possibilidades. O importante nessa hora é realmente pesquisar, planejar e fazer contas.

Precificação

Independentemente do ramo de atuação de sua empresa, é certo que ela vende algum produto ou serviço.

Da mesma forma que o empresário irá pesquisar melhores preços com seus fornecedores, também é preciso pesquisar no mercado os preços praticados por seus concorrentes. Pois não adianta nada ter o melhor produto ou serviço se seu custo é elevado e proibitivo para seus clientes potenciais.

Quando se tem em mãos o valor médio de seus produtos ou serviços, é possível ajustar o custo de produção deles para que se consiga oferecer produtos sem abalar a rentabilidade. Também é possível pensar em novos produtos para se ajustar ao mercado.

Um exemplo emblemático foi o movimento que a indústria automotiva tomou nos últimos três anos. Com a queda da demanda por automóveis populares, que tinham grande volume, a indústria reduziu quadro de funcionários, investiu em automação da produção e focou seus portfólios em modelos de maior valor agregado e menores volumes.

Essa mudança de foco permitiu atingir um público menor, mas ainda qualificado para compra e que procuravam automóveis um pouco mais refinados que os modelos de entrada.

Enfim, tempos de crise são momentos em que o mercado faz uma separação do joio do trigo.

É fundamental se antecipar, planejar e manter a gestão financeira de seu negócio sob controle.

A empresa que consegue passar pela crise, tende a se fortalecer, seus gestores adquirem experiência e serão capazes de propor soluções para tornar o negócio ainda mais rentável.

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