Mineração como um investimento de renda fixa

Ray Nasser
ARTHUR Mining
Published in
4 min readDec 18, 2021

Certamente o mercado tradicional opera diferente do mercado de cripto. Quando se trata do Bitcoin, o ativo é visto como hedge financeiro, mesmo que a volatilidade preocupe o investidor no curto prazo.

Os investidores tradicionais estão acostumados com a falsa sensação de segurança do mercado, pois confiam em ativos que não representam a volatilidade presente nas criptomoedas. Ativos de renda fixa, por exemplo, são preferidos para o investidor que busca retorno garantido, acrescido de juros.

No entanto, ativos de renda fixa, principalmente no mercado tradicional, também estão sujeitos a riscos. Nesse sentido, é importante entender como investir em mineração é interessante para o investidor.

A volatilidade e os impactos dela para o investidor

Entre diversos questionamentos referentes ao mercado cripto no geral, a volatilidade é sempre questionada. No entanto, mesmo sendo um ativo relativamente novo no mercado, o bitcoin vem apresentando diminuição na volatilidade. A cada tempo que passa, mais investidores se interessam pela moeda e ocorre a entrada de big players no mercado cripto, principalmente em relação ao bitcoin.

Atualmente, as pessoas que podem movimentar o mercado são os institucionais, bancos interessados em cripto e grandes empresas que possuem parte do capital em bitcoin. Porém, mesmo com o crescente aumento de agentes decisivos no mercado, os investimentos relacionados a bitcoin enfrentam represálias.

Mesmo com as negativas, há 13 anos o bitcoin vem mostrando seu poder como ativo de proteção à inflação. Além de ter surgido em meio a uma das maiores quedas da bolsa de valores de NY, o bitcoin mostra como um ativo sobrevive melhor ao mercado quando não possui seu valor atrelado a confiança governamental e nem é baseado em moeda fiat.

Mineração como renda fixa

A mineração de bitcoin é capaz de gerar caixa constante, porque é possível mitigar riscos envolvendo volatilidade e, embora haja a geração de novas moedas, mineradores ganham no processo com as taxas de rede da blockchain.

Independem do desempenho do bitcoin em determinado momento, o fluxo de caixa da mineração continua sendo positivo por conta da atividade dos mineradores.

Além disso, com o compromisso da Arthur Mining de utilizar energia excedente, e reduzir custos com máquinas e energia, conseguimos manter nossos caixas positivos, além de gerar valor fundamental, disponibilizando novas moedas de bitcoin para o mercado, através de nossas atividades.

Dessa maneira, garantimos que o preço do bitcoin não interfira diretamente em nossas atividades, visto que tanto em períodos de alta, quanto de baixa no mercado, nosso caixa será positivo. Quando o mercado está instável e diversos mineradores deixam suas máquinas ociosas, a Arthur permanece ativa, porque tem energia e custos baixos.

Sendo assim, com atividade constante e criação de valor para o mercado, investir em mineração de bitcoin garante cash flow constante.

Diferente de várias ações do mercado, investimentos em mineração não tem valor puramente especulativo, mas sim de geração de valor. Empresas cujo valor de mercado crescem exponencialmente, mas não refletem a receita que produzem são puramente especulações, não possuem valor real.

A quem interessa investir em mineração?

Quando o mercado enfrenta um período ruim, os investidores mais afetados são os institucionais, responsáveis por maior parte das operações realizadas no mercado de ações.

Portanto, bancos, corretoras, family offices, fundos de pensão, todos esses agentes do mercado sofrem as consequências negativas de quando o mercado quebra, seja devido a políticas governamentais ou má gestão de risco de ativos na bolsa.

A mineração de bitcoin não se trata de um investimento para o investidor de varejo. Para se manter seguro no mercado e mitigar riscos com volatilidade, os institucionais buscam ativos que possam oferecer renda fixa e a Arthur Mining oferece isso como produto. Gerando renda fixa com bitcoins por meio da mineração.

Quem está posicionado em mineração de bitcoin agora?

Os grandes gestores de ativos do mundo, empresas que administram trilhões de dólares decidiram investir no bitcoin, mas não comprando o ativo diretamente e sim em empresas de mineração.

Essas gestoras são capazes de determinar o sucesso ou fracasso de empresas e, até mesmo, países. Pois, não investem somente em ações, mas em títulos de dívidas de governo e até moedas.

  • BlackRock

A BlackRock é a maior gestora de ativos do mundo, em julho deste ano enviou um relatório para a Forbes, confirmando que havia investido 382 milhões de dólares em empresas de mineração.

Com um aporte de 206 milhões na Marathon Digital Holds, empresa da Marathon Mining e 176 milhões na Riot Blockchain, a BlackRock tem uma participação de 6, 71% e 6, 61%, respectivamente, nessas empresas.

Com isso, a BlackRock se tornou a segunda maior acionista da Marathon e Riot, depois da Vanguard Group — outra gestora de ativos entre as maiores do mundo.

  • Fidelity Investments

No mesmo período, a Fidelity também investiu em mineração com a Marathon, adquirindo uma participação de 7, 4%. A empresa adquiriu essas participações em quatro grandes fundos baseados em índices que, juntos, possuem uma capitalização de mercado de 170 bilhões de dólares.

A vantagem disso no mercado

Essa compra de ações reflete o interesse dos institucionais de estarem posicionados em um ativo que vem servindo como hedge, mas sem enfrentar as eventuais volatilidades que o bitcoin ainda apresenta.

Portanto, mostra como os big players tem interesse e investem na indústria de criptomoedas, mas através de fundos, ações tradicionais, títulos de dívidas, etc.

Vale ressaltar que as ações de empresas voltadas a mineração são negociadas de forma semelhante ao bitcoin, mas possuem retornos ampliados. Logo, investir em empresas de mineração se mostra uma estratégia mais lucrativa.

Nos últimos 12 meses as ações da Marathon, por exemplo, subiram cerca de 754% e da Riot, 864%. Enquanto isso o bitcoin subiu cerca de 221% no mesmo período.

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Ray Nasser
ARTHUR Mining

Economist from Babson College, USA, with more than 15 years of experience in the financial market as F.O. manager. Arthur CEO.