Fins e Inícios — Parte 4

Biologo de Araque
ArtPensante
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2 min readDec 15, 2017

Luzes

Vermelho
Osvaldo olhou para o sinal e parou. Tinha que esperar.
Olhou através da rua e viu ela, vermelha era a blusa dela, olhos escuros como a noite, cabelo curtinho em caracóis e preto, sentiu uma atração espontânea. Olhou pra sua direita, olhou pra sua esquerda, na distância vinha um carro, arriscou a vida e por consequência o coração.
- Tu é louco, menino?
- Sou não, só achei que conseguia passar mesmo, me chamo Osvaldo já agora.
- Tu atravessaste a rua para falar comigo?
- Podemos dizer que sim
- Porquê?
- Porque as vezes é preciso não ter medo de conhecer as pessoas, principalmente se pode rolar uma química
(Risada alegre da moça dos caracóis pretos)
- Meu nome é Elisa, moço sem noção
- Engraçada você, ta com pressa?
- Não tou, quer ir num bar conversar?
- Um restaurante seria melhor, tenho uma fome de ogro
-Que bom, mas duvido que seja maior que a minha
(Risos do moço dos cachos longos)
- Então vamos, conheço um restaurante vegetariano aqui perto
- És vegetariano?
- Não, mas eles servem bem e percebo que somos dois bons garfos
-E facas.
- Teu sentido de humor não falha hein?
- Nunca.
Sentaram numa mesa espaçosa, conversando sobre suas vidas, momentos engraçados que cada um tinha compartilhado com seus amigos.
após 3 horas passarem como nada, Elisa se levantou e disse que precisava ir para uma aula. Trocaram números de telefone e promessas de se encontrar de novo… Até que num rompante

Verde
Osvaldo olhou através da rua, começou a andar, passou pela moça do cabelo curto e olhos pretos e pensou no quanto podiam ter compartilhado, mas quem tem coragem de falar com as pessoas assim na rua?

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Biologo de Araque
ArtPensante

Estudante de Conservação e Educação, escrevo pequenos textos em inglês e português para ver como relacionar esses temas com a economia e um novo modelo de mundo