Como a tecnologia pode te ajudar a ler mais em 2023?
Confira dicas das galhas leitoras da Árvore para um 2023 repleto de novas leituras!
Quando foi a última vez que você, leitor, parou para ler um livro sem interrupções ou distrações?
A lembrança de longas tardes lendo gibis ou livros durante as férias faz parte do imaginário de quase todos nós. Seja pela escola ou pela família, a leitura é protagonista de infâncias criativas e sonhadoras.
No entanto, é comum conversar com pessoas adultas que, embora tenham sido leitores vorazes na infância, hoje encontram dificuldades em finalizar uma leitura.
Somente nos últimos quatro anos, a última edição da pesquisa Retratos da leitura, estudo que traça o perfil do leitor brasileiro, aponta que o país perdeu 4,6 milhões de leitores adultos, uma quantidade bastante expressiva e que nos faz refletir: o que leva as pessoas a abandonarem o hábito da leitura?
Ao contrário do que se pode pensar, a maioria dos leitores entrevistados afirmou que gostaria de ter lido mais (80% dos entrevistados) durante o ano em que o estudo foi realizado, e só não o fizeram principalmente por falta de tempo.
Ou seja, a paixão pela leitura está ali, mas os empecilhos da vida adulta acabam impedindo o cultivo desse momento tão prazeroso. Felizmente, é possível recuperar e inserir os livros na sua rotina de forma tranquila e a resposta está na tecnologia.
Para te ajudar a completar essa resolução, nas linhas a seguir você confere o papo que tivemos com Larissa Coelho, CPO da Árvore, leitora ávida desde criança, que encontrou um equilíbrio entre a vida adulta e o prazer de boas leituras.
Faça da leitura uma constante da sua rotina!
Em 2022, Larissa leu 150 livros, um número que ela atribui a acessibilidade promovida pela tecnologia, mas também a escolhas decisivas para a manutenção do hábito:
“Em 2021 eu resolvi cursar uma pós-graduação em negócios, um MBA. E foi um ano de muito, muito trabalho e dedicação ao estudo, eram passadas muitas leituras em função do curso. Acho que se li uns 3 livros de literatura naquele ano, foi muito. Quando terminei o MBA, exausta, precisava de tempo para mim e para minhas necessidades e prazeres. Uma dessas coisas é, naturalmente, a leitura. Encontrei tempo na agenda para dedicar aos livros, acordando mais cedo e indo deitar mais cedo também. Claro que isso significa que gastei muito menos tempo com televisão e redes sociais; mas o efeito disso foi que chegando ao fim de dezembro, eu tinha lido muito mais do que ano anterior. As pessoas me perguntam: como eu li 150 livros no ano? A resposta eu já escrevi ali em cima. Nada de mais. Só gastei mais tempo com isso do que com outras coisas,”
Para seguir esse conselho, a dica é aposte no tracker de hábitos! Existem vários disponíveis na loja de aplicativos e você pode acionar um lembrete para que todos os dias se lembre de ler um pouquinho.
Leve um livro para onde você for!
“Os livros sempre estão comigo! Nunca viajo sem pelo menos um exemplar físico, ou em e-book, principalmente agora que tenho Árvore e consigo acessar os títulos de qualquer lugar. Na verdade, eu raramente saio de casa sem um livro. Por ter uma boa capacidade de concentração, consigo ler em quase qualquer situação, com música, barulho ou no metrô; só não consigo ler em carros, pois fico muito enjoada (sempre lamentei essa incapacidade…) Hoje, leio muito mais do que lia. Seja porque tenho mais acesso (e mesmo que saia sem um livro eu tenho a Árvore às mãos), seja porque eu compro livros quase que diariamente pela internet.”
Se internet é uma preocupação para seguir essa dica, relaxe! A maioria dos aplicativos de leitura possui a função de baixar os livros, na Árvore você encontra o botão logo abaixo da capa do livro.
Ouça antes de ler e converse sobre suas leituras.
“Pergunte as pessoas leitoras sobre seus gostos, peça indicações e procure saber da história antes de começar. É mais fácil dar match com um livro quando alguém já percorreu aquele caminho e sabe te contar como é. Além disso, converse sobre os livros que leu (e aprenda a escolher livros que irão te dar vontade de conversar sobre). Um livro é apenas a colheita de um longo processo do autor, é uma simulação linguística de pensamentos, sentimentos, memórias, sensações. E toda simulação é inferior ao original, de forma que:
“O que temos nas mãos quando lemos é uma semente de ideia. Se conversamos com outras pessoas sobre o que acabamos de ler, as ideias germinam, em solos e contextos diferentes de onde foram criadas, e daí novas ideias nascem. Para mim, essa é a maior beleza da leitura.”
E mais uma vez, a tecnologia pode ser uma aliada! Atualmente existem milhares de conteúdos sobre livros na internet, inclusive no Tiktok! Quer ficar por dentro do universo booktoker? Nos siga por lá também @leianaarvore!
Leia o que você gosta (e aprenda a fazer isso!)
“Encontre assuntos e estilos que te deem prazer e que te façam sentir bem. Não se preocupe em ler clássicos, ou ler o que todos estão lendo. O ponto principal da minha capacidade leitora é que eu amo fazer isso. Jamais gastaria tanto tempo com coisas e temas que não me dessem prazer. Não há leitura certa ou errada, e nós jamais conseguiremos ler nem uma fração da produção literária mundial ao longo de nossas vidas. Por isso, é fundamental encontrar temas e estilos interessantes para seu próprio gosto.”
A vida é muito curta para leituras ruins: se não está gostando do livro, abandone a leitura!
“Não insista em livros que não estejam funcionando. Se não está trazendo prazer ou se está difícil entender, deixe de lado. Não pagamos multa por isso e você não deve a ninguém terminar um livro que começou. Por hábito, quando isso acontece, eu guardo o livro e tento de novo em outro momento. Às vezes, apenas não estamos prontos para aquele tema ou tipo de escrita. Às vezes, nunca estamos; e tudo bem!”
E por fim, duas dicas bônus, de galhas leitoras da Árvore Rebeca Santos, galha que mais leu na Árvore em 2022, e Camila Cabete, Head de Conteúdo Editorial da Árvore, apaixonada por livros e colunista na PublishNews.
Leia por prazer e retire o peso da leitura por obrigação!
“Desde criança, sempre tive o costume de comprar livros que me ensinariam ‘alguma coisa’, ou seja, eu associava leitura exclusivamente ao estudo e não ao prazer. Foi somente adulta, escolhendo minhas leituras, que consegui relaxar e viajar com a leitura.” Assim, para ela, a chave para cultivar o hábito é o prazer: “Tem que ser algo prazeroso, não um martírio. Tem que saber o que você gosta de ler, tem que ser uma relação saudável. Tem que começar com o que se gosta”.
Rebeca Santos, Dev Jr na Árvore.
Estabeleça metas e utilize a tecnologia para cumpri-las!
“Uma dica para quem quer cultivar o hábito da leitura é utilizar um aplicativo de leitura no celular ou tablet. Além de haver estudos que mostram que lemos mais rápido pela tela, essa é uma excelente opção para quem quer colocar uma meta diária de leitura, por exemplo. Você consegue ler 10, 20 páginas, a qualquer momento do seu dia, porque sempre terá um livro à mão.”
Camila Cabete, head de Conteúdo Editorial.