Um caminho sem volta.

Larissa Guedes Almeida
As Artes de Viajar
Published in
4 min readNov 28, 2018

Meu interesse pela Rússia começou a uns 2 anos atrás, onde entrei em contato pela primeira vez com o alfabeto cirílico russo, e desde então, comecei a procurar filmes, documentários e séries que retratassem sobre a história da Rússia, e com isso, me despertou o interesse de conhecer outras culturas, línguas e histórias.

Foi pesquisando a Rússia que percebi que ela sempre esteve no meu subconsciente, pois já de pequena, entrei em contato com um famoso desenho animado contando a história da possível sobrevivência de Anastásia Romanov, do qual assisti repetidas vezes.

O que aprendi com esse trabalho é que, além de ser o país mais grande do mundo, em relação a sua extensão territorial, é um país com mais de 200 etnias, coisa que eu nem imaginava, e ao imaginar o quanto isso deve agregar culturalmente ao país, desperta ainda mais o meu desejo de conhece-lo.

Confesso que, como muitos, sou apaixonada pela arquitetura russa. Eu sei que ela não se define apenas pela catedral de São Basílio, situada em Moscou, mais precisamente na praça vermelha, junto com outras duas construções muito famosas do país: o Kremlin e o musoléu do Lenin. Mas, acredito que essas obras monumentais, tem muito a oferecer historicamente, não só elas, como tantos outros edifícios russos como os arranha-céus de Lenin, muito poucos divulgados, o teatro Bolshoi, o Hermitage (um dos maiores museus de arte do mundo) entre outros, e cada um marcado pela época em que a Rússia (ou o seus governadores) queria que o mundo a visse como uma potência mundial, por isso que muitas dessas construções tem esse dna enraizado em seus alicerces.

No documentário “City 40” (Cidade 40), produzido pela Netflix, mostra como essa ânsia pelo poder afetou milhares de pessoas no decorrer dos anos. O documentário mostra o impacto na vida de pessoas que moram perto de usinas nucleares em “cidades fechadas” (termo até então desconhecido por mim), com acontecimentos que chocham qualquer um (mesmo sabendo que alguns documentários tem uma linguagem sensacionalista, o city 40 foi importante para eu ver um outro lado desse rublo).

Nessa busca por filmes e séries que relatavam acontecimentos russos, assisti a alguns documentários, filmes e séries, em especial queria comentar sobre 2 séries, uma baseada no romance de Liev Tolstói , a “War and Peace” ( Guerra e paz), que conta a história de uma família aristocrática no período em que Napoleão Bonaparte está avançando sobre a Rússia, e como designer de moda, não pude deixar de reparar nos figurinos que estão impecáveis. A outra é Caminhos de tormentos de Alexei Tolstoi (podendo ser encontrado na Netflix) que conta a história de duas irmãs e os seus pares românticos durante a Revolução Russa, o mais bacana, que diferente da outra, essa série foi produzida com atores russos, o que deixa a experiencia ainda mais legal.

E por fim, queria abordar a minha recente “vivência” nessa atmosfera russa, foi quando eu li o livro “Crime e Castigo” de Fiódor Dostoiévski, onde novamente eu fui imersa a uma nova perspectiva sobre a Rússia. A história é muito cativante, muito boa, assim como o enredo, os personagens, o detalhamento tanto da narrativa quanto do aprofundamento psicológico dos personagens, é algo que te prende muito na leitura, e você fica querendo saber logo de como será o desfecho da história.

Acredito que toda essa busca e pesquisa que eu fiz sobre a Rússia, foi algo que enriqueceu o meu repertório (de vida), e me estimulou a querer expandir os meus horizontes sobre as demais culturas e países mundo afora, buscando explorar a vida que há em cada cantinho desse vasto mundo, nesse caminho… sem volta.

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